A socialite e empresária Val Marchiori revelou recentemente ter sido diagnosticada com câncer de mama após a realização de uma biópsia. O relato trouxe à tona um assunto que ainda causa medo em muitas mulheres: a realização da mamografia. Ao compartilhar sua experiência, Val reforçou um alerta importante: “Não deixem de fazer mamografia por medo. Quando fazemos antes, podemos resolver. É um alerta. Faça mamografia!”, afirmou em seu perfil no Instagram.
O caso abre espaço para uma questão fundamental: em que momento a mulher deve realizar o exame?
Mamografia: quando realizar o exame preventivo
De acordo com o Ministério da Saúde, mulheres entre 50 e 69 anos, sem sintomas suspeitos, devem realizar a mamografia a cada dois anos. Aquelas consideradas de alto risco — com histórico familiar ou diagnóstico anterior de câncer — precisam iniciar o acompanhamento mais cedo, a partir dos 35 anos.
Por sua vez, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que o rastreio comece aos 40 anos, de forma anual. Para pessoas em grupo de risco, a indicação é que o exame seja feito a partir dos 30 anos. Vale reforçar que as orientações também se aplicam a homens trans e pessoas não binárias designadas como sexo feminino ao nascer.
Esse acompanhamento de rotina é essencial, pois aumenta as chances de identificar a doença em estágio inicial, quando o tratamento costuma apresentar taxas maiores de sucesso.
Como funciona a mamografia e por que ela é segura
O exame utiliza raios-X de baixa energia para gerar imagens detalhadas das mamas. O equipamento, chamado mamógrafo, comprime a região por alguns segundos, o que pode causar leve desconforto, mas permite visualizar nódulos e microcalcificações com clareza.
Segundo especialistas, a dose de radiação é mínima, com baixíssimo impacto no organismo. Portanto, a mamografia é considerada um exame seguro, inclusive para mulheres com próteses de silicone, mamas densas ou que estejam amamentando.
Sintomas que merecem atenção imediata
Embora o exame preventivo seja fundamental, é importante ficar atenta a possíveis sinais do câncer de mama. Entre os principais estão:
Presença de nódulos nas mamas ou axilas;
Alterações na pele, como retrações ou aspecto de “casca de laranja”;
Saída de secreção aquosa com sangue;
Retração do mamilo.
Notar qualquer uma dessas mudanças deve ser motivo para procurar o médico imediatamente. Quanto antes o diagnóstico acontecer, maiores as chances de cura.
O autoexame pode substituir a mamografia?
Apesar de ter sido amplamente incentivado no passado, o autoexame isolado não é suficiente. Isso porque, quando o nódulo já pode ser palpado, muitas vezes a doença está em estágio avançado.
Ainda assim, o autoexame continua sendo um recurso valioso de autoconhecimento. Conhecer bem o próprio corpo ajuda a perceber mudanças sutis que devem ser investigadas com exames de imagem, como a mamografia. Assim, o ideal é que ele seja um complemento, e não um substituto.
Por que o rastreio precoce salva vidas
O diagnóstico precoce do câncer de mama é decisivo. Estima-se que, quando descoberto em fase inicial, a taxa de cura ultrapassa 90% dos casos, segundo a SBM. Por isso, realizar a mamografia dentro da periodicidade recomendada é uma forma de cuidado com a saúde e também de amor-próprio.
Resumo: O caso de Val Marchiori trouxe de volta a discussão sobre a importância da mamografia. O exame deve ser realizado regularmente, conforme a faixa etária e o histórico de cada mulher. Ele é seguro, rápido e essencial para detectar precocemente o câncer de mama. O autoexame, por sua vez, ajuda no autoconhecimento, mas não substitui a mamografia.
Leia também:
Grávidas e mulheres com silicone: 10 dúvidas comuns sobre o exame de mamografia