Eclipse lunar mais longo do ano acontece no fim de semana

O eclipse lunar total do próximo domingo, 7 de setembro, com duração de 1 hora e 22 minutos, será o mais longo do ano. Em comparação, o eclipse lunar de 14 de março de 2025, que já ocorreu, teve uma fase de totalidade de 1 hora e 5 minutos.

A diferença de 17 minutos entre os dois eventos deve-se à trajetória da Lua através da sombra da Terra. No eclipse de setembro, a Lua percorrerá uma parte mais central da região de sombra mais escura (umbra), resultando em um período de totalidade mais prolongado. O eclipse de março, por sua vez, envolveu uma passagem mais periférica pela umbra.

Eclipse do dia 7 de setembro

Considerando todo o evento, incluindo as fases total e parcial, o fenômeno vai durar 3 horas, 29 minutos e 24 segundos. O eclipse lunar total acontece no próximo domingo (7) e terá transmissão ao vivo do Olhar Digital.

Quem estiver na maior parte da Ásia, na faixa oriental da África e no oeste da Austrália poderá acompanhar o eclipse completo, conhecido como “Lua de Sangue”, do início ao fim – incluindo a fase penumbral (quando a Lua começa a escurecer de forma sutil), etapa que será visível em alguns pontos da costa leste do Brasil. Já observadores no restante do continente africano, em boa parte da Europa e em outras áreas da Austrália verão pelo menos um trecho da parcialidade ou da totalidade.

2025 ainda nos reserva mais um eclipse solar e outro lunar. Créditos: Cole Dynes/Loveyourmothernature – Shutterstock

Sobre os eclipses lunares:

Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;

Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;

Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).

Eclipses lunares só ocorrem na Lua cheia

Cerca de 60% da população mundial poderá acompanhar o fenômeno por inteiro, enquanto até 87% terão a chance de ver pelo menos uma parte dele – desde que o céu esteja limpo. Este será o segundo eclipse lunar de 2025. O primeiro ocorreu em março e foi visível principalmente no continente americano.

Eclipses lunares não acontecem todos os meses porque a órbita da Lua é inclinada em relação à da Terra ao redor do Sol. Para que o fenômeno ocorra, é preciso que o alinhamento aconteça em um ponto chamado “nodo”, quando Sol, Terra e Lua estão perfeitamente posicionados (ou “em sizígia”, como se diz na astronomia).

Eclipse lunar total de 14 de março de 2025, visto de Santa Rosa, Califórnia, EUA. Imagem: Time and Date/reprodução

O eclipse total só acontece quando a Lua está na fase de cheia, passando completamente pela sombra da Terra. Existem também eclipses parciais, nos quais somente parte dela entra na sombra, e os penumbrais, quando ela cruza apenas pela meia-sombra.

O apelido “Lua de Sangue” vem da cor avermelhada que o astro adquire durante o eclipse total. Isso acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, é filtrada e desviada, deixando a sombra da Terra com um tom avermelhado que tinge a superfície lunar.

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Último eclipse de 2025 será solar

A “Lua de Sangue” deste mês é o terceiro dos quatro eclipses de 2025. O próximo será solar e ocorrerá ainda em setembro, dia 21, mas sem visibilidade no Brasil. O eclipse será parcial e poderá ser visto apenas no sul da Austrália, nos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida.

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