Como assistir ao julgamento de Bolsonaro no STF pela internet nesta quarta-feira

O julgamento da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022 entra no seu segundo dia no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (03). Esse núcleo da acusação tem oito réus – entre eles, Jair Bolsonaro. A defesa do ex-presidente está marcada para começar às 9h.

No entanto, Bolsonaro não irá ao STF por problemas médicos. De acordo com a sua defesa, o ex-presidente ainda sofre de esofagite – condição que provoca crises de soluço e vômito.

Com militares no centro, é um julgamento inédito na história republicana do Brasil. Como aconteceu na terça-feira (02), tudo será transmitido pela TV Justiça, canal vinculado ao STF. Por isso, vai dar para acompanhar o segundo dia do julgamento pelo canal da emissora no YouTube.

As outras sessões marcadas são:

09 de setembro (terça-feira): das 9h ao meio-dia;

10 de setembro (quarta-feira): uma das 9h ao meio-dia e outra das 14h às 17h;

12 de setembro (sexta-feira): uma das 9h ao meio-dia e outra das 14h às 19h).

Todas as audiências serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça.

O que você precisa saber sobre o julgamento de Bolsonaro no STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete ex-auxiliares de tentativa de golpe de Estado entre o fim de 2022 e início de 2023. São eles:

Alexandre Ramagem: ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro;

Almir Garnier: ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres: ex-ministro da Justiça;

Augusto Heleno: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil (GSI);

Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto: ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro;

Mauro Cid: ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Além de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de outros quatro crimes no processo que começa a ser julgado pelo STF nesta terça-feira, 02 (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A PGR chamou este grupo de “núcleo crucial da trama golpista”. A denúncia alega que Bolsonaro foi o líder da organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de golpe de Estado, o ex-presidente é acusado de outros quatro crimes no processo. Juntos, eles podem render a pena de 43 anos de cadeia. São eles:

Dano qualificado pela violência e grave ameaça;

Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

Deterioração de patrimônio tombado;

Organização criminosa armada.

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Como foi o primeiro dia do julgamento

O ministro-relator, Alexandre de Moraes (um dos cinco juízes do julgamento), defendeu a imparcialidade da corte na abertura da sessão, ocorrida às 9h da terça-feira (02). O magistrado também afirmou que o STF vem sofrendo pressões internas e externas.

O ministro do STF Alexandre de Moraes defendeu a imparcialidade da corte na abertura do julgamento de Bolsonaro (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez sua sustenção oral. Nela, elencou as provas coletadas na investigação que comprovariam a tentativa de golpe de Estado pelos oito réus em julgamento.

Segundo Gonet, o objetivo dos acusados era desacreditar o sistema eleitoral brasileiro para impedir a proclamação do resultado das eleições. O procurador-geral também mencionou o plano de assassinato do ministro Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu vice Geraldo Alckmin.

Você pode conferir as audiências do julgamento que ocorreram na terça aqui e aqui.

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