A Suíça entrou oficialmente na corrida da inteligência artificial com o Apertus, seu Large Language Model (LLM) de código aberto, desenvolvido pelo EPFL, ETH Zurique e o Centro Nacional Suíço de Supercomputação (CSCS).
O nome, em latim, significa “aberto”, refletindo o compromisso do projeto com a transparência total: usuários podem acessar o código-fonte, documentação e conjuntos de dados utilizados no treinamento.
Joshua Tan, defensor da IA como infraestrutura pública, afirma que o Apertus é “uma prova de que a IA pode ser uma infraestrutura pública, como rodovias ou eletricidade”.
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Seguro, regulado e multilíngue
O modelo foi projetado para cumprir as leis suíças de proteção de dados e direitos autorais, tornando-o atraente para empresas que precisam seguir regulamentações europeias rigorosas.
Bancos suíços já consideram que um LLM nacional tem “grande potencial” para atender ao sigilo bancário e às regras de dados.
O Apertus foi treinado em 15 trilhões de tokens em mais de 1.000 idiomas, incluindo suíço-alemão e romanche.
Todos os dados são públicos, e os rastreadores respeitaram pedidos de exclusão de sites, evitando práticas controversas de algumas empresas de IA.
Acesso aberto e versátil
Pesquisadores, empresas e amadores podem usar o Apertus para criar chatbots, tradutores, ferramentas educacionais e outros aplicativos.
Ele está disponível em dois tamanhos, 8 bilhões e 70 bilhões de parâmetros, por meio da Swisscom ou da Hugging Face, reforçando a missão de oferecer uma alternativa aberta e nacional à IA privada.
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