Depois de registrar mais um ataque cibernético contra uma instituição de pagamento sem autorização, o Banco Central (BC) alertou, neste sábado 6, integrantes do setor financeiro sobre a necessidade de reforçar a vigilância nas transações.
O órgão identificou o incidente na E2 Pay, empresa não autorizada a operar pelo BC, e recomendou medidas imediatas para aumentar os controles internos.
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O comunicado orientou as instituições a intensificarem o acompanhamento de todas as operações, inclusive transferências internas.
“Informamos que foi identificado incidente cibernético na E2 Pay, resultando na subtração indevida de valores financeiros”, diz um trecho do comunicado. “Por isso, recomendamos as seguintes ações de forma imediata: Reforçar o monitoramento contínuo de todas as transações financeiras, mesmo em transações de book transfer.”
Empresa nega irregularidade
O advogado Guilherme Carneiro, representante da E2, afirmou neste domingo, 7, que o valor desviado ainda está sendo apurado.
A E2 explicou que a E2 Pay atua como gateway de pagamentos e é cliente da E2 Instituição de Pagamento Ltda., esclarecendo que as empresas são distintas.
Segundo nota da E2, a empresa já adotou procedimentos internos de monitoramento. A companhia negou que o sistema esteja comprometido e assegurou que nenhuma outra conta ou cliente está exposto a risco.
“A E2 está prestando todo o auxílio necessário à E2 Pay e ambas cooperam com os órgãos reguladores para esclarecer a controvérsia e apurar, conter e reaver o montante subtraído”, disse a companhia.
A E2 integra o Pix de forma indireta, sem autorização do BC. Para Carneiro, isso “não significa dizer que sua atividade seja proibida.”
“Existem critérios mínimos, por exemplo de volume de transações, para que uma instituição de pagamento precise solicitar autorização ao BC para funcionar”, argumentou. “O processo de autorização está em andamento depois de a empresa atingir os parâmetros exigidos.”
O mercado estima que os valores desviados estão distribuídos em cerca de 400 contas, possivelmente registradas em nome de terceiros.
Este episódio representa o quarto ataque cibernético a instituições do sistema financeiro somente neste ano, levando o BC a anunciar novas medidas para fortalecer a segurança do setor.
Novas medidas de segurança do Banco Central
Entre as ações divulgadas, destaca-se o limite de R$ 15 mil para transferências Pix e TED feitas por instituições não autorizadas, além de exigências mais rígidas para credenciamento de prestadores de serviços de tecnologia da informação.
O BC também determinou que nenhuma instituição de pagamento poderá iniciar operações sem autorização prévia.
A autoridade monetária planeja impor limites ainda mais estritos ao valor das transações Pix, buscando reduzir os montantes das operações sem comprometer a maioria das transações.
O post Banco Central emite alerta de novo ataque hacker apareceu primeiro em Revista Oeste.