Em 6 meses, prejuízo dos Correios supera o de 2024

O prejuízo dos Correios no primeiro semestre de 2025 já é maior do que o registrado em todo o ano anterior, segundo balanço divulgado na terça-feira 2. A estatal fechou os seis primeiros meses com déficit de R$ 4,4 bilhões.

Sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os Correios têm números que pioram a cada ano: em 2024, o déficit foi de R$ 2,6 bilhões, quatro vezes mais que o resultado de 2023. A estatal registrou lucros durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. No entanto, voltou ao prejuízo com o retorno do petista ao poder.

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O déficit deste ano, porém, decorre da diferença entre a receita de R$ 8,9 bilhões e as despesas, que somaram R$ 13,4 bilhões. O faturamento de 2025 caiu 9,5% em relação ao mesmo semestre de 2024. Os custos, no entanto, dispararam em várias áreas. Os gastos com precatórios cresceram 512%. Já as despesas administrativas subiram de R$ 1,2 bilhão para R$ 3,4 bilhões.

O resultado financeiro da estatal também piorou, passando de R$ 3 milhões para R$ 673 milhões em despesas. No segundo trimestre, o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões, quase cinco vezes o valor do mesmo período de 2024.

Correios culpam o setor privado

Em comunicado, os Correios atribuíram o resultado à “transformação acelerada do setor privado de logística, impulsionada pelo crescimento do e-commerce, pela tecnologia e por modelos de entrega cada vez mais rápidos e agressivos”.

A estatal, conhecida pelo serviço demorado e pouco eficiente, afirmou ainda que a “ausência de investimentos nos últimos anos aumentou a pressão sobre estruturas operacionais e administrativas mais rígidas e de custo elevado, reduzindo sua competitividade”.

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A crise levou o presidente Fabiano Silva dos Santos a pedir demissão em julho, depois do prejuízo do primeiro trimestre. Atualmente, a estatal mantém mais de 10 mil unidades de atendimento e 1,1 mil de distribuição e tratamento.

Santos, conhecido como “Churrasqueiro do Lula”, assumiu a presidência dos Correios em 2023. Ele foi indicado ao cargo diretamente pelo petista.

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