iPhone 17 parece celular ‘de dois anos atrás’ ao lado do Pixel 10, diz colunista

O colunista Geoffrey Fowler, do jornal Washington Post, testou o iPhone 17, lançado pela Apple nesta semana, e o Pixel 10, modelo mais recente do Google. Para ele, a diferença entre os aparelhos é muito clara. O Pixel leva vantagem por apostar em recursos de inteligência artificial (IA), a “tecnologia desta era”.

Enquanto a Apple mantém o foco em pontos tradicionais (câmera, velocidade, durabilidade), o Google se apoia na IA para tornar o smartphone mais útil e inteligente. Segundo o artigo do colunista, essa diferença faz o iPhone 17 parecer defasado quando colocado lado a lado ao Pixel 10.

Aposta do Pixel 10 em IA faz iPhone 17 parecer defasado

Nos testes relatados pelo jornalista, a diferença central entre os dois aparelhos está na forma como lidam com IA. O Pixel 10 mostra recursos mais práticos e integrados ao dia a dia, enquanto o iPhone 17 ainda carece de funções que tornem a Siri mais inteligente.

Essa disparidade aparece em três frentes: personalização, proatividade e novas interações por voz. Vamos a elas:

Personalização

O primeiro ponto destacado pelo colunista é a capacidade de personalização. Nos testes, o Pixel 10 mostrou que a IA do Google já consegue vasculhar informações pessoais do usuário – como calendário, Gmail, contatos e mensagens – para dar respostas úteis no dia a dia.

Ainda assim, o sistema não é perfeito. Em alguns momentos, o Gemini não soube onde procurar a informação certa ou deixou de completar tarefas que pareciam básicas, como adicionar um endereço à página de um contato.

Apple acabou tirando do ar a propaganda com a atriz Bella Ramsey sobre uma Siri mais inteligente (Imagem: Apple)

No iPhone, o contexto é bem diferente. A Apple apresentou em 2024 a promessa de uma Siri mais inteligente, capaz de acompanhar a vida do usuário e organizar informações de forma privada. Mas a empresa adiou essa versão para 2026, alegando que os recursos não atingiram o nível de qualidade esperado. 

Até lá, mesmo com o hardware pronto, a Siri personalizada segue no papel – ou, como dizem os especialistas, no campo do “vaporware”.

Proatividade

Outro destaque dos testes foi a diferença entre como cada celular antecipou necessidades do usuário. No Pixel 10, o recurso chamado Magic Cue observa em tempo real o que está acontecendo no aparelho – como mensagens, ligações ou aplicativos em uso – e sugere informações úteis diretamente na tela.

O jornalista cita um exemplo prático: ao receber a pergunta “que horas é o jantar hoje?”, o Pixel exibiu automaticamente os detalhes na conversa, prontos para serem enviados de volta. O recurso também ajudou em situações como exibir informações sobre o clima antes de uma viagem. Tudo isso acontece dentro do celular, sem enviar dados ao Google.

Diversos recursos considerados úteis pelo colunista no Pixel 10 funcionam por meio do Gemini (Imagem: gguy/Shutterstock)

As limitações ainda existem: a ferramenta aparece em poucos contextos e poderia ser mais abrangente. O Google, no entanto, afirma que o objetivo é começar resolvendo pontos de frustração específicos para depois expandir.

No iPhone, o equivalente mais próximo é o sistema de Sugestões da Siri, que tenta aprender padrões de uso e oferecer ações, como adicionar alguém a um e-mail. Mas, para o colunista, isso está longe de ser tão útil quanto uma IA capaz de entender tanto o contexto da conversa quanto informações pessoais do usuário.

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Interações por voz

A terceira diferença apontada pelo jornalista está na forma de conversar (por áudio) com o celular. No Pixel 10, o Google reinventou a interação com o assistente Gemini. Ao ativar o modo Live, é possível falar naturalmente, interromper respostas e até abrir a câmera para que a IA “enxergue” o ambiente e converse sobre o que vê.

Nos testes, o recurso virou até brincadeira em família: o colunista entregou o aparelho ao filho de três anos, que passou a apontar para plantas e fazer perguntas ao assistente. Além disso, o Gemini Live pode analisar o que está na tela do celular durante a conversa para oferecer mais informações de forma imediata.

No Pixel 10, o Google reinventou a interação com o assistente Gemini com o modo Live (Imagem: Gemini)

As limitações ainda aparecem: o sistema não acessa todas as informações pessoais nem funciona em todos os aplicativos. Mas, segundo Fowler, ele já se tornou um dos jeitos mais práticos de buscar dados e resolver tarefas rápidas.

No iPhone 17, a Apple deu alguns passos para melhorar a Siri, incluindo uma parceria com a OpenAI para repassar perguntas mais complexas ao ChatGPT. Também lançou o recurso de Visual Intelligence, que reconhece objetos e textos em fotos ou capturas de tela. 

Mas, por enquanto, não há nada no iPhone 17 equivalente ao bate-papo ao vivo e multimodal (envolvendo texto, som, imagem) oferecido pelo Pixel 10, segundo o colunista.

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