Álcool na gravidez: nem uma tacinha?

No capítulo de ‘Vale Tudo‘ da última terça-feira (9), Maria de Fátima apareceu na banheira do apart-hotel com uma taça de espumante. Grávida, ela brindava seu plano contra César durante a cerimônia de casamento com Odete Roitman. “Ainda disseram que eu estava na pior. Parabéns pelo casamento, César Ribeiro Roitman”, disse a vilã, enquanto bebia.

A cena rapidamente chamou atenção da web: gestantes não deveriam consumir álcool, pois mesmo uma taça pode representar risco para o desenvolvimento do bebê. O caso da personagem é um alerta para a vida real, já que o consumo de álcool na gravidez, mesmo ocasional, exige cuidado e informação.

O consumo de álcool na gravidez e os riscos para o bebê

No Brasil, cerca de 15% das gestantes consomem bebida alcoólica, elevando o risco de Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF). O diagnóstico mais grave é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que provoca alterações físicas e cognitivas permanentes.

“Há maior conscientização sobre os impactos do álcool na gestação, e a recomendação é de abstinência total, independentemente do tipo de bebida”, alerta Mariana Thibes, coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA).

Grávida, Maria de Fátima aparece brindando em ‘Vale Tudo’ e chama atenção para um problema real – Crédito: Reprodução│Globo

Cerveja sem álcool também não é segura

Mesmo bebidas rotuladas como “zero álcool” podem conter até 0,5% de álcool. Por isso, não são consideradas seguras para gestantes. Optar por alternativas completamente livres de álcool garante a proteção do bebê.

Efeitos do álcool no desenvolvimento do bebê

A ingestão de álcool durante a gestação pode causar o Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF), com consequências que vão de malformações físicas a alterações no desenvolvimento cerebral. Entre os impactos estão dificuldades de aprendizagem, problemas de memória, fala e linguagem, déficit de atenção, agressividade e dificuldade de controlar emoções.

Além disso, o consumo aumenta risco de parto prematuro e bebês com peso abaixo do esperado, além de taxas maiores de natimorto.

Álcool durante a amamentação

O consumo de álcool na fase de amamentação não é proibido, mas deve ser evitado nos primeiros meses. O álcool passa para o leite e pode afetar o bebê. Caso a mãe consuma, o ideal é esperar 2 a 3 horas antes de amamentar ou ordenhar o leite previamente, garantindo segurança ao bebê.

O exemplo dos pais influencia os filhos

O comportamento dos pais com relação ao álcool impacta diretamente os filhos. Pais que consomem de forma abusiva ou permitem consumo precoce em casa aumentam risco de que os filhos desenvolvam problemas com álcool. Regras claras, monitoramento e exemplo positivo são fatores de proteção importantes.

Resumo: A cena de Maria de Fátima ilustra um alerta real: o consumo de álcool durante a gravidez e amamentação pode prejudicar o desenvolvimento do bebê. Evitar bebidas alcoólicas e oferecer exemplo positivo são fundamentais.

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