Nasa encontra indício mais forte até agora de que Marte teve vida

Uma rocha coletada pelo rover Perseverance pode ser a evidência mais forte já encontrada de que Marte abrigou vida no passado. Batizado de Chevaya Falls, o material apresenta manchas que foram nomeadas de “leopardo”, semelhantes às associadas a fósseis microbianos na Terra.

A descoberta, publicada na revista Nature nessa quarta-feira (10/9), ocorreu na Cratera de Jezero, área que há bilhões de anos esteve coberta por água. Para os cientistas, a combinação de compostos orgânicos, minerais e sinais químicos encontrados na rocha é altamente sugestiva de processos biológicos.

O que os pesquisadores observaram

As análises mostraram que a rocha contém carbono orgânico, fosfato de ferro e outros minerais que, na Terra, estão ligados ao metabolismo microbiano. A disposição dessas substâncias indica reações de oxidação e redução, conhecidas como reações redox, que podem ter sustentado vida microscópica.

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Outro dado importante foi a identificação de argila, sinal de contato com água, além de hematita e sulfato de cálcio. Segundo os pesquisadores, esse conjunto fortalece a hipótese de que o local preserva bioassinaturas antigas.

“O conjunto de dados é tentadoramente convincente”, afirmou Joel Hurowitz, da Universidade Stony Brook, que lidera a análise, em comunicado. Ele ressalta, porém, que processos não biológicos também podem explicar parte dos achados, ainda que de forma menos provável.

Confirmação ainda depende de análises na Terra

Para que a origem biológica seja comprovada, as amostras terão de ser trazidas à Terra, onde poderão ser examinadas com maior precisão. Até lá, hipóteses alternativas continuam em avaliação.

Os cientistas veem o achado como um marco na exploração de Marte. Além de oferecer novas pistas sobre o ambiente do planeta, ele reforça a possibilidade de que a vida microbiana tenha existido em algum momento de sua história.

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