Nos últimos meses, houve um aumento na procura por medicamentos para a perda de peso. Uma das explicações para este movimento foi a popularização de produtos como o Ozempic, que atua na redução do apetite e aumenta a sensação de saciedade.
Neste cenário, pesquisadores da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova droga hormonal capaz de promover um emagrecimento equiparável com os de cirurgias bariátricas. A ideia é que o produto seja ainda mais eficaz do que os disponíveis hoje.
Expectativa é que pacientes possam perder até 30% do peso corporal
O medicamento ainda não tem nome e está em fase de estudo.
Ele age no organismo imitando quatro substâncias naturalmente produzidas no corpo, em vez de apenas uma, como no caso do Ozempic e de outras drogas do tipo.
A ideia dos pesquisadores é conseguir resultados mais duradouros, com a expectativa que os pacientes possam perder até 30% do peso corporal sem ganhar novamente os quilos no futuro.
Eles ainda buscam minimizar efeitos colaterais, como a náusea.
Ainda não há previsão de inícios de testes clínicos ou da chegada ao mercado desta novidade.
Apesar disso, a equipe responsável pelo trabalho destaca que o produto não exclui a necessidade de adoção de mudanças de estilo de vida dos pacientes, como dieta e exercícios.
O medicamento foi descrito no Journal of the American Chemical Society.
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Como funciona o medicamento
A nova droga reproduz um dos efeitos do Ozempic, que “imita” o hormônio GLP-1, estimulando o pâncreas a produzir mais insulina e controlando o açúcar no sangue. Além disso, elas agem diretamente no cérebro, aumentando a sensação de saciedade ao diminuir o ritmo de esvaziamento do estômago, o que auxilia na perda de peso.
Ao mesmo tempo, o medicamento reproduz o GIP, hormônio que é “imitado” pelo Mounjaro e que também provoca uma sensação de saciedade. Ele ainda ajuda a aumentar a produção de insulina pelo pâncreas, o que contrabalanceia o nível de açúcar no sangue e beneficia pacientes com diabetes tipo 2.
A terceira parte envolve o hormônio glucagon. Ele, por sua vez, aumenta o açúcar no sangue, mas também o gasto de energia das células do corpo, elevando a temperatura corporal e diminuindo o apetite. A ideia aqui é buscar um equilíbrio no organismo.
Por fim, a última ação diz respeito ao peptídeo YY. Outro hormônio produzido pelo intestino, ele reduz o apetite e o ritmo de esvaziamento estomacal, mas por mecanismos diferentes do GLP-1 e do GIP. Ele ainda está envolvido diretamente no processo de queima de gorduras do corpo.
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