TikTok: EUA aumentam a pressão sobre a China para resolver impasse

Nesta quarta-feira (17) termina o mais recente prazo dado para encontrar uma alternativa para o TikTok nos Estados Unidos. Apesar disso, o impasse envolvendo as operações da rede social no país parece estar longe de um fim.

Com as alternativas (e até a paciência) esgotadas, o presidente Donald Trump agora teria adotado uma estratégia mais agressiva. A ideia é pressionar o governo da China a aceitar um acordo para manter a plataforma operando em território norte-americano.

EUA e China tentam chegar a um acordo para evitar o banimento da rede social (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Possibilidade de acordo parece remota

Segundo informações da Reuters, os EUA vão prosseguir com a proibição do aplicativo caso Pequim não abandone as exigências de redução de tarifas e restrições tecnológicas como parte de um acordo sobre o tema. Lembrando que a plataforma precisa passar para o controle de donos norte-americanos para seguir operando no país.

Com esse objetivo em mente, delegações das duas potências estão reunidas em Madrid, na Espanha. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, explicaram que a China quer concessões em troca de concordar com a venda.

TikTok afirma ter 170 milhões de usuários nos EUA (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Os representantes da Casa Branca ainda afirmaram que um acordo está muito distante e que uma nova extensão do prazo para encerrar o impasse envolvendo o TikTok não está descartada. Por outro lado, os EUA garantem que podem permitir a proibição da rede social caso não haja chance de sucesso nas negociações.

O governo da China não se pronunciou oficialmente sobre os resultados do encontro em andamento. Lembrando que o país sempre se manifestou contrário a qualquer possibilidade de venda do aplicativo para donos norte-americanos.

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Rede social chegou a ser retirada do ar

O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.

A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias de prazo para resolver a situação.

Sem um acordo, o republicano assinou novas ordens de extensão do prazo, que agora vai até o dia 17 setembro.

O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.

Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.

A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.

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