Representantes dos Estados Unidos e da China acertaram um plano que prevê a transferência do TikTok para um grupo norte-americano. A decisão ocorreu depois de duas rodadas de negociações em Madri, na Espanha.
O modelo do acordo ainda precisa de aprovação do presidente Donald Trump e do ditador Xi Jinping. Ambos agendaram uma nova conversa para sexta-feira 19.
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Trump confirmou o avanço nas tratativas com uma postagem na rede social Truth Social. “Os encontros comerciais na Europa entre os Estados Unidos e China foram muito positivos”, escreveu o republicano. “Também chegamos a um acordo sobre uma certa empresa que os jovens do nosso país querem muito manter. Eles vão ficar muito felizes.”
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que participou das reuniões, afirmou que “o objetivo é transferir o controle da plataforma para os norte-americanos”. Bessent, no entanto, não revelou os termos da transação.
A televisão estatal chinesa CCTV também confirmou avanços. Segundo o representante de comércio internacional Li Chenggang, as delegações alcançaram “consenso sobre um modelo geral” para o futuro da rede social.
Delegações negociam TikTok sob prazo imposto por lei nos EUA
A Casa Branca impôs um prazo até 17 de setembro para que a empresa seja vendida a um grupo não chinês. Caso contrário, os EUA vão banir o aplicativo do território norte-americano.
A medida se baseia em uma lei aprovada pelo Congresso em 2024. Nesse sentido, a norma exige o fim do vínculo entre a ByteDance, controladora do TikTok, e a gestão da rede social nos EUA.
Trump já havia adiado o prazo três vezes. A legislação surgiu depois de parlamentares alegarem risco de espionagem e influência política por meio do algoritmo.
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A transferência depende da aceitação da ByteDance e da autorização do regime chinês. Por enquanto, as autoridades não revelaram detalhes técnicos do acordo. Também não está claro se o algoritmo será incluído na transação.
As conversas começaram no domingo 14, no Ministério das Relações Exteriores da Espanha, e reuniram delegações lideradas por Scott Bessent e pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. Ao fim da segunda rodada, Bessent disse que o diálogo foi produtivo e que novas reuniões devem ocorrer em outro país dentro de um mês.
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