Escapes de urina: 45% das mulheres acima dos 40 anos tem!

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com base em dados do Ministério da Saúde, 45% das mulheres acima dos 40 anos convivem com escapes de urina no país.

Apesar de frequente, especialistas reforçam que não se trata de algo “normal” do envelhecimento. “A perda involuntária de urina, mesmo em pequenas quantidades, é sempre um sinal de que algo não vai bem no funcionamento do trato urinário”, alerta a SBU em suas publicações oficiais.

Quando o escape de urina acontece?

De acordo com a SBU, a condição pode ser classificada em três tipos:

Incontinência urinária por esforço: ocorre em situações como tossir, espirrar, dar risada ou realizar atividade física.


Incontinência urinária de urgência: caracterizada por uma vontade súbita e difícil de controlar de urinar, muitas vezes interferindo na vida social.


Incontinência mista: quando os dois tipos aparecem em conjunto.

A urologista Márcia Meirelles, integrante da SBU, explica que muitas mulheres acreditam que o problema faz parte do envelhecimento. “Esse é um mito que precisa ser desfeito. A incontinência não é consequência natural da idade, mas uma condição que pode e deve ser tratada”, afirma.

Incontinência urinária é mais comum do que imaginamos. Foto: FreePik

Impactos na qualidade de vida

Segundo dados divulgados pela SBU, mais de 10 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de incontinência urinária. Além do desconforto físico, o problema pode causar insegurança, ansiedade, isolamento social e até sintomas de depressão.

A ginecologista Patrícia Lordelo, pesquisadora da área, aponta que o silêncio em torno do tema contribui para que muitas mulheres deixem de procurar ajuda. “A vergonha é um dos principais obstáculos. Quando a paciente entende que existe tratamento e procura orientação médica, consegue recuperar sua qualidade de vida”, explica.

Quando procurar ajuda?

Especialistas recomendam que qualquer escape de urina, mesmo que leve ou esporádico, seja relatado em consulta médica. “O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e garantir um tratamento adequado, que pode incluir mudanças de hábitos, fisioterapia pélvica ou outras abordagens específicas”, destaca a SBU.

Resumo:

Apesar de frequente, especialistas reforçam que não se trata de algo “normal” do envelhecimento. “A perda involuntária de urina, mesmo em pequenas quantidades, é sempre um sinal de que algo não vai bem no funcionamento do trato urinário. Veja o que fazer.

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