Um novo relatório da Federação Espacial Comercial dos Estados Unidos alerta que o rápido avanço da China no setor espacial pode transformá-la na líder mundial em apenas cinco a dez anos.
A pesquisa, intitulada Redshift, detalha o crescimento da infraestrutura espacial chinesa, desde a estação Tiangong e megaconstelações de satélites até planos ambiciosos de exploração lunar e futura colonização.
Segundo o relatório, a China combina políticas disciplinadas, investimentos estratégicos e tecnologia avançada para alcançar marcos que os EUA ainda lutam para cumprir, especialmente após cortes recentes no orçamento da NASA.
A nação asiática planeja enviar humanos à Lua até 2030 e construir uma base lunar totalmente operacional com reator nuclear até 2035, abrindo caminho para futuras missões a Marte.
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Expansão simultânea em múltiplas frentes
A China também domina a órbita baixa da Terra com a estação Tiangong, planeja rivalizar com o Starlink da SpaceX e criar sua própria versão do Telescópio Espacial James Webb.
Com seis portos espaciais ativos e investimentos que saltaram de US$ 164 milhões em 2016 para US$ 2,86 bilhões em 2024, o país pode lançar foguetes em grande escala e desenvolver projetos comerciais rapidamente.
O sucesso é reforçado por parcerias internacionais, incluindo Rússia, Índia e Japão, em um esforço apelidado de “Rota da Seda Espacial”, que já gerou mais de 80 projetos conjuntos, reduzindo a influência dos EUA.
Alerta para os EUA
Ex-administradores da NASA e especialistas afirmam que, se os EUA não aumentarem seus investimentos e apoio à indústria espacial, a China poderá ultrapassá-los em cinco a dez anos, tornando-se a referência global em exploração espacial.
O relatório ressalta que, enquanto os EUA enfrentam atrasos nas missões Artemis e desafios com foguetes comerciais, a China avança em múltiplas frentes simultaneamente, consolidando sua posição como potência emergente no setor.
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