Fofocar para o parceiro aumenta níveis de felicidade, diz estudo

Quando você chega em casa, sua primeira preocupação é atualizar o parceiro sobre as fofocas do dia? Embora pouca gente admita gostar de cuidar da vida alheia, um estudo recente mostrou que fofocar aumenta os níveis de felicidade do casal.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside, nos Estados Unidos, apontam que fofocas entre parceiros românticos estão associadas a maior felicidade e a relacionamentos mais duradouros, segundo estudo publicado no Journal of Social and Personal Relationships em 1º de setembro.

“Quer queiramos admitir ou não, todo mundo fofoca. O hábito de falar da vida alheia é onipresente em todos os grupos sociais e faixas etárias”, diz a psicóloga Chandler Spahr, líder do estudo.

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O estudo analisou o comportamento de 76 casais do sul da Califórnia. Os voluntários tinham variados níveis educacionais, e os casais eram formados tanto por pessoas dp mesmo sexo, como de sexos diferentes. Todos usaram um dispositivo portátil chamado Gravador Eletronicamente Ativado, ou EAR.

O aparelho registrou cerca de 14% das conversas diárias dos casais ao longo de uma semana. As gravações foram analisadas por assistentes de pesquisa. Em média, cada participante passou 38 minutos por dia fofocando, sendo 29 minutos com o parceiro. A pesquisa mostra que falar sobre terceiros dentro do casal está ligado à felicidade e, em menor grau, à qualidade da relação.

Diferenças entre os casais

Casais formados por duas mulheres foram os que mais fofocaram. Esses mesmos casais relataram o maior nível de qualidade no relacionamento.

Embora todos tenham declarado altos níveis de felicidade, casais do mesmo sexo relataram índices maiores do que casais de sexos diferentes.

Os autores acreditam que fofocar com o parceiro funcione como um mecanismo de ligação emocional e como uma lente de interação social, pois a maioria das conversas ocorreu logo após um evento em que os dois, finalmente às sós, comentaram sobre o que observaram.

“Fofocar negativamente com o parceiro romântico no caminho de casa depois de uma festa pode ser um sinal de que o vínculo do casal é mais forte do que com os amigos na festa, enquanto falar positivamente pode prolongar as experiências divertidas”, escreveram os autores.

Fofoca como ferramenta social

O estudo sugere que a prática funciona como uma “ferramenta de regulação social”. Esse mecanismo ajuda a definir expectativas e comportamentos que sustentam a harmonia dentro da vida a dois.

Entre as conclusões, estão as constatações de que mulheres não fofocam de forma mais destrutiva do que homens e pessoas de baixa renda não contam mais da vida dos outros do que pessoas ricas. Já, os mais jovens, por outro lado, se envolvem em mais conversas de tom negativo do que os adultos mais velhos.

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