O mau hálito, também conhecido como halitose, é um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode comprometer não apenas a vida social, mas também a saúde de quem convive com ele. No Brasil, o dia 22 de setembro marca o Dia Nacional de Conscientização e Combate ao Mau Hálito, uma data criada para alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico correto.
De acordo com a cirurgiã-dentista Rayane Tindo, na maioria dos casos, a origem do problema está na boca. “Em mais de 90% das situações, o mau hálito é resultado do acúmulo de placa bacteriana na língua, falhas na higiene bucal, gengivite ou cáries não tratadas”, explica a especialista.
Além disso, outros fatores podem agravar o quadro, como passar longos períodos em jejum, consumir café ou bebidas alcoólicas em excesso, fumar ou apresentar condições de saúde como refluxo gastroesofágico e sinusite.
O que causa o mau hálito no dia a dia
Embora seja comum associar a halitose apenas a uma escovação malfeita, as causas podem ser variadas. A língua, por exemplo, é uma grande vilã quando não recebe a higienização correta. Ela acumula bactérias que produzem compostos responsáveis pelo odor desagradável.
Alimentos com odor forte, como alho e cebola, também contribuem para o problema, mas seus efeitos costumam ser temporários. Já o tabagismo, além de deixar resíduos na boca, afeta a produção de saliva, facilitando a proliferação de bactérias.
Outro ponto de atenção é o uso de medicamentos que provocam boca seca. Sem saliva suficiente, a boca perde a capacidade natural de limpeza, o que aumenta o risco de mau hálito.
Como prevenir a halitose com hábitos simples
Felizmente, é possível evitar o mau hálito com cuidados diários. Rayane recomenda uma rotina de higiene completa, que inclua:
Escovar dentes e língua após todas as refeições;
Usar fio dental pelo menos uma vez ao dia;
Beber bastante água ao longo do dia para manter a boca hidratada;
Evitar longos períodos em jejum;
Fazer visitas regulares ao dentista para avaliação e limpeza profissional.
A especialista ressalta que manter esses hábitos não só previne a halitose, como também ajuda a evitar problemas como gengivite e cáries. “O mau hálito ainda é cercado de preconceitos, mas deve ser entendido como um sinal de alerta para a saúde bucal e até mesmo para o bem-estar geral”, orienta a cirurgiã-dentista.
Saiba como identificar e prevenir o mau hálito, evitando impactos na saúde bucal e no bem-estar social com hábitos simples – Crédito: FreePik
Lentes de contato dentais e o mau hálito
Nos últimos anos, tem crescido o interesse por tratamentos estéticos como as lentes de contato dentais. No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre a relação desse procedimento com o mau hálito.
Segundo Rayane, o material usado nas lentes não causa halitose. “Quando o tratamento é bem indicado e aplicado, ele não provoca o problema. A halitose só pode surgir em casos de falhas no planejamento ou na adaptação, que favorecem o acúmulo de placa bacteriana”, esclarece.
Por isso, é fundamental escolher um profissional capacitado para realizar o procedimento e manter os cuidados com a higiene bucal. Assim, além de garantir um sorriso bonito, você evita problemas futuros.
Resumo: O mau hálito é uma condição comum, mas que pode ser evitada com hábitos simples de higiene e acompanhamento odontológico. Beber água, escovar os dentes e a língua corretamente, além de visitar o dentista regularmente, são passos essenciais para manter a boca saudável e o hálito fresco. E lembre-se: a halitose não é apenas uma questão social, mas também um indicativo de saúde.
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