Anvisa: “Não há registro que ligue paracetamol a autismo no Brasil”

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que não há registros no Brasil de suspeitas de eventos adversos ligando o uso de paracetamol durante a gravidez ao autismo.

O medicamento, indicado para aliviar dores leves e moderadas e reduzir febre, é classificado como de baixo risco e não exige receita médica, segundo a Instrução Normativa 265/2023.

A agência destacou que os critérios para registro de medicamentos no Brasil seguem normas técnicas e científicas rigorosas, garantindo qualidade, segurança e eficácia. Além disso, o monitoramento é contínuo, com troca de informações e cooperação com agências internacionais para reforçar a segurança dos produtos.

Uso seguro e orientado por profissionais

O paracetamol é indicado para tratar dores de cabeça, dores no corpo, dores de dente, dores nas costas, cólicas menstruais e sintomas leves de resfriados. A Anvisa ressalta que, como qualquer medicamento, ele deve ser utilizado sob orientação de médicos ou farmacêuticos para evitar efeitos indesejados e garantir sua eficácia.

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OMS nega que autismo esteja ligado a vacinas e uso de paracetamol

O comunicado da Anvisa surge em meio a declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que associou o uso do paracetamol, durante a gravidez a um risco aumentado de autismo. O mesmo discurso questionou a vacinação infantil, alegando que bebês seriam submetidos a doses excessivas de vacinas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) rejeitou essas alegações, afirmando que os estudos disponíveis sobre o uso do paracetamol em gestantes são inconclusivos e não sustentam qualquer associação com autismo. A entidade reforçou ainda que as vacinas são seguras, eficazes e salvam milhões de vidas todos os anos.

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