Um relatório da Global Witness revelou que o TikTok direciona perfis de menores de idade para conteúdo pornográfico com facilidade, mesmo quando o “modo restrito” está ativado. Para o estudo, a organização criou contas falsas de adolescentes de 13 anos em celulares limpos, sem histórico de buscas.
Sugestões sexualizadas e acesso rápido
Os pesquisadores descobriram que o aplicativo sugeria buscas com termos sexualizados já nos primeiros cliques, evoluindo rapidamente para recomendações explícitas.
Em alguns casos, o acesso a pornografia ocorreu em apenas duas interações após o login.
O conteúdo incluía desde vídeos de nudez até sexo com penetração, muitas vezes camuflado dentro de clipes aparentemente inofensivos.
Além disso, dois vídeos levantaram suspeita de retratar menores de 16 anos e foram enviados à Internet Watch Foundation, entidade que combate material de abuso sexual infantil online.
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Possível violação da lei britânica
A investigação foi conduzida antes e depois da entrada em vigor da Lei de Segurança Online (OSA) no Reino Unido, que obriga plataformas digitais a impedir que crianças acessem conteúdos nocivos, como pornografia.
A Global Witness afirma que o TikTok descumpre a legislação ao permitir a exposição de menores a esse tipo de material.
A Ofcom, reguladora de comunicações britânica responsável por aplicar a lei, disse que vai analisar as conclusões do relatório.
Já o TikTok declarou ter removido os vídeos denunciados e ajustado suas recomendações de busca. “Tomamos medidas imediatas para investigar, eliminar conteúdos que violavam nossas políticas e lançar melhorias em nosso sistema de sugestões”, afirmou a empresa em nota.
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