A rosa mosqueta é o fruto de uma roseira silvestre, reconhecida pelas sementes avermelhadas. A planta é usada tanto em cosméticos, na forma de óleos e cremes, quanto no preparo de chás com propriedades anti-inflamatórias.
A infusão, feita com suas cascas e sementes, concentra antioxidantes e vitamina C, nutrientes que contribuem para a proteção do organismo. A bebida é associada ao fortalecimento da imunidade, ao alívio de sintomas respiratórios leves e à melhora do conforto digestivo.
Leia também
Fruta rica em fibras ajuda a regular o intestino e turbinar a imunidade
Da pele à imunidade: cinco maiores benefícios da babosa para a saúde
Alimentos para fortalecer o sistema respiratório no clima seco
Saiba como prevenir problemas respiratórios causados pelo calor
Como o chá de rosa mosqueta pode contribuir para a saúde
O consumo regular da infusão pode favorecer a digestão, fortalecer as defesas naturais e proporcionar bem-estar geral. Esses efeitos estão ligados à combinação de antioxidantes e substâncias anti-inflamatórias, que protegem as células e reduzem processos inflamatórios no organismo.
Os radicais livres, moléculas instáveis produzidas em excesso pelo corpo, estão associados ao envelhecimento precoce e a inflamações que podem atingir também o trato respiratório. Ao neutralizá-los, o chá ajuda a diminuir irritações nas vias aéreas, o que explica seu uso para aliviar sintomas leves de resfriados, como dor de garganta e congestão.
Preparado com cascas ou sementes, o chá concentra compostos que fortalecem o sistema imunológico e reduzem inflamações
Entre os nutrientes, a vitamina C merece destaque por estimular a produção de células de defesa, fortalecendo a resposta imunológica contra vírus e bactérias comuns. Flavonoides e carotenoides na rosa mosqueta complementam essa ação, reduzindo inflamações e contribuindo para a recuperação em quadros de infecções respiratórias.
Eduardo Barcellos, nutricionista do hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), explica que pela vitamina C ser sensível ao calor, o preparo do chá com água fervente pode reduzir a quantidade desse nutriente, diminuindo parte dos efeitos antioxidantes da bebida.
“Quando o chá é preparado com água muito quente, parte desse nutriente pode se perder. Ainda assim, ele continua sendo uma boa fonte de antioxidantes, que também desempenham papel relevante na defesa do organismo. O ideal é usar água quente, mas não fervente, para preservar melhor os compostos”, explica.
Principais benefícios do chá de rosa mosqueta
Fortalecimento do sistema imunológico.
Contribuição para a saúde da pele.
Alívio de sintomas respiratórios leves.
Ação antioxidante contra radicais livres.
Apoio na prevenção do envelhecimento precoce.
Como preparar o chá de rosa mosqueta
Para aproveitar os nutrientes, o ideal é preparar o chá por infusão, usando uma colher de sopa das cascas para cada xícara de água quente, sem deixar ferver. O repouso de 5 a 10 minutos é suficiente para extrair os compostos sem amargar a bebida.
O consumo pode ser diário, de preferência sem açúcar ou adoçantes artificiais. Além disso, Yasmin Lemos, nutricionista graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), esclarece que a forma mais eficaz de consumo é através da ingestão do chá tradicional.
“O chá tradicional é mais prático e preserva os compostos hidrossolúveis, como a vitamina C, porém, para o uso terapêutico, na cápsula conseguimos padronizar para o indivíduo, sendo uma forma individualizada. É necessário a indicação de um profissional especialista para recomendar a dosagem certa e o horário da ingestão”, esclarece.
Contraindicações do chá de rosa mosqueta
Apesar dos benefícios, o consumo deve ser moderado e orientado por um profissional em casos específicos. Os especialistas ouvidos pelo Metrópoles alertam que existem alguns grupos de risco para os quais o consumo do chá não é indicado. Entre eles, destacam-se:
Pessoas com gastrite, já que a acidez natural do chá pode causar desconforto.
Indivíduos com doenças renais, sobretudo aqueles que precisam controlar a ingestão de potássio.
Usuários de medicamentos anticoagulantes, devido ao risco de intensificação do efeito do fármaco.
Pessoas em uso contínuo de anti-hipertensivos ou remédios para diabetes, pois os compostos podem potencializar discretamente a ação dessas medicações.
Casos de alergia ao fruto ou a outros componentes presentes na planta.
Mesmo com todos os benefícios do chá, é importante lembrar que ele não substitui hábitos saudáveis. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e proteínas, combinada à prática regular de atividade física, potencializa os efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios da bebida, promovendo resultados mais consistentes.
Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!