Dados do IBGE mostram que a obesidade representa 35,8% dos atendimentos médicos primários na rede pública entre adultos de 40 a 59 anos, sendo a maioria mulheres.
Alterações hormonais, resistência à insulina, perda de massa magra e desaceleração do metabolismo estão entre os fatores que dificultam o emagrecimento nessa faixa etária. A médica Valdirene Fagundes Jácomo relatou sua própria experiência: após entrar na menopausa e receber diagnóstico de síndrome metabólica, conseguiu perder 14 kg em seis meses com dieta personalizada, reposição hormonal e treinos regulares. “Hoje, sou uma nova mulher. Minha vida mudou para muito melhor”, comemora.
Especialistas reforçam que a alimentação deve priorizar proteínas magras, grãos integrais, frutas, vegetais e gorduras boas, além de evitar carboidratos refinados para auxiliar na resistência insulínica. No treino, métodos como o circuito metabólico, que alterna exercícios de alta intensidade com curtos descansos, ajudam a potencializar a queima calórica.
Para o nutricionista Felipe Leite, dietas radicais são um risco: “Quanto mais restritiva for a alimentação, maior a chance da pessoa desistir ou até mesmo desenvolver compulsão alimentar”. Já o personal Rodrigo Gusmão ressalta que a chave está na mudança de hábitos de longo prazo: “É preciso ter paciência e respeitar o tempo do processo para que os resultados sejam permanentes”, diz.
Exames que ajudam no diagnóstico
Avaliar apenas o peso na balança não é suficiente. Exames como bioimpedância, que mede a composição corporal, e análises de sangue para glicemia, colesterol e triglicerídeos são fundamentais para entender o impacto da obesidade na saúde. O acompanhamento médico regular também ajuda a detectar a síndrome metabólica em fases iniciais.
Pequenas mudanças que fazem diferença
Trocar o elevador pelas escadas, caminhar curtas distâncias em vez de usar o carro, priorizar alimentos frescos no prato e reduzir o consumo de ultraprocessados são exemplos simples de ajustes que, mantidos com consistência, contribuem para a perda de peso e melhora do metabolismo.
O impacto da menopausa
Na fase da menopausa, há queda na produção de estrogênio, o que facilita o acúmulo de gordura abdominal e reduz a massa magra. Por isso, mulheres nesse período precisam de acompanhamento nutricional e médico individualizado, além de treinos que fortaleçam músculos e ossos, ajudando a manter o metabolismo ativo.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1486, de 12 de setembro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.