Dormir mal acelera envelhecimento do cérebro, revela estudo

O sono é um processo ativo e essencial que ajuda a restaurar o corpo e a proteger o cérebro. Quando ele é interrompido, no entanto, nosso organismo sente as consequências, que podem ir se acumulando ao longo dos anos.

Diversos trabalhos já apontaram problemas relacionados com noites mal dormidas, em especial para a saúde cardiovascular. Mas, de acordo com um novo estudo, dormir mal também pode acelerar o envelhecimento cerebral.

Problemas relacionados ao sono podem trazer graves consequências (Imagem: Pormezz/Shutterstock)

Qualidade do sono foi analisada

Durante o trabalho, pesquisadores do Instituto Karolinska, da Suécia, analisaram resultados de exames de ressonância magnética do cérebro de 27.500 pessoas do UK Biobank.

Dessa forma, conseguiram estimar a idade biológica dos participantes com base em mais de mil conjuntos de características.

A partir disso, também avaliaram a qualidade do sono dos indivíduos, com base em cinco fatores autorrelatados: cronótipo (sendo uma pessoa matutina/noturna), duração do sono, insônia, ronco e destruição diurna. Eles foram então divididos em três grupos: sono saudável (≥ 4 pontos), sono intermediário (2–3 pontos) ou sono ruim (≤ 1 ponto).

As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista científica eBioMedicine.

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Sono é um processo fundamental para proteger o nosso cérebro (Imagem: Edit 4 Me/Shutterstock)

Dormir mal também acentua o declínio cognitivo

A equipe afirmou que os resultados fornecem evidências de que a falta de sono pode contribuir para o envelhecimento acelerado do cérebro. Isso também indica que dormir mal acentua o declínio cognitivo, aumentando as chances de desenvolver doenças como a demência.

A diferença entre a idade cerebral e a idade cronológica aumentou em cerca de seis meses para cada redução de 1 ponto na pontuação de sono saudável. Pessoas com sono ruim tinham cérebros que correspondiam, em média, um ano a mais do que sua idade real.

Abigail Dove, pesquisadora do Instituto Karolinska e líder do estudo

Noites mal dormidas podem cobrar preço no futuro (Imagem: Fizkes/Shutterstock)

Os pesquisadores admitem que o trabalho apresenta algumas limitações. Entre elas está o fato de os resultados se basearem em relatos de sono dos próprios participantes, o que pode levar a inconsistências nas conclusões apresentadas.

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