Que susto! Asteroide passa próximo à Terra e só é detectado depois

O planeta Terra quase foi atingido por um pequeno asteroide na última quarta-feira (1º/10). O mais curioso é que a passagem do 2025 TF só foi detectada horas depois. O objeto sobrevoou a Antártida à 0h47 (21h47 do dia 30/9, no horário de Brasília), a cerca de 428 km da Terra, tornando-se a segunda passagem de rocha mais próxima identificada.

Para comparação: a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) orbita próximo à Terra, com distância variando entre 370 km a 460 km. Ou seja, o asteroide 2025 TF passou dentro da trajetória no espaço da ISS.

O Observatório Kitt Peak-Bok, no Arizona, Estados Unidos, foi o primeiro a registrar o caminho do 2025 TF, apenas seis horas depois do evento. Ao observar dados do projeto de monitoramento astronômico Catalina Sky Survey, da Nasa, os cientistas perceberam que os telescópios haviam capturado o momento da passagem apenas duas horas depois.

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) também observou o fenômeno. “Rastrear um objeto em escala métrica na vasta escuridão do espaço em um momento em que sua localização ainda é incerta é um feito impressionante. Essa observação ajudou os astrônomos a determinar a distância e o tempo de aproximação fornecidos acima com tamanha precisão”, afirma a ESA, em comunicado.

Ilustração mostra trajetória de asteroide 2025 TF

O objeto que mais se aproximou da Terra, sem colisão, foi o 2020 VT4, que passou a cerca de 368 km do planeta em novembro de 2020.

O asteroide pode voltar?

Embora tenha passado perto, cientistas avaliam que uma possível queda do 2025 TF não traria tantas preocupações e no máximo causaria um espetáculo de luzes no céu ou a queda de fragmentos nas terras geladas da Antártida. Isso porque trata-se de uma rocha pequena, medindo entre um a três metros de largura.

Segundo estimativas do Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, é bem provável que o 2025 TF volte a passar pela Terra. No entanto, o novo encontro só deverá ocorrer em abril de 2087 e muito mais distante: a cerca de 8 milhões de km do nosso planeta.

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