A OpenAI, em apenas três anos, se tornou um símbolo do boom da inteligência artificial, transformando o ChatGPT em uma plataforma completa, capaz de criar aplicativos, planejar viagens, realizar compras e, por que não, navegar na web no lugar do usuário.
Além disso, a empresa de Sam Altman também dá os primeiros passos pelos setores de compras, entretenimento, educação e serviços governamentais, explica matéria da CNN. E, para isso, investe bilhões de dólares para se tornar líder em infraestrutura física voltada para a inteligência artificial.
Necessidade de modelos de IA cada vez mais poderosos pode gerar uma bolha
A verdade é que, com sua expansão cada vez mais rápida, a OpenAI se tornou uma máquina que precisa de um poder de processamento que cresça no mesmo ritmo. Tanto que irá investir em 6 gigawatts de capacidade de data center baseados em chips AMD, seguindo parcerias semelhantes já feitos com a NVidia.
A empresa também firmou acordos para construir data centers de IA em diversos países, com destaque para o projeto Stargate, junto com a Oracle e a SoftBank, que pode alcançar investimentos de até US$ 500 bilhões (R$ 2,6 trilhões) nos próximos anos.
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Como a OpenAI depende de um ciclo contínuo: precisa lançar novos aplicativos lucrativos para financiar seu alto consumo de computação, que, por sua vez, cresce conforme surgem novas ferramentas, esses investimentos são fundamentais para os planos futuros.
O desafio é que a OpenAI ainda não dá lucro e perdeu cerca de R$ 42 bilhões em 2025, e, para competir com empresas como Google e Meta, ela precisa continuar atraindo grandes investimentos; o que pode criar uma bolha financeira difícil de prever.
A OpenAI quer ditar as bases para uma nova web
Com 800 milhões de usuários ativos por semana, a OpenAI busca repetir o que gigantes como Google, Amazon e Meta fizeram no passado recente, criando as bases para a web moderna. A empresa espera que os usuários não precisem sair do ChatGPT para realizar tarefas online, tornando-o um centro para atividades digitais, para isso lança novos recursos constantemente.
Integrações diretas com Spotify (playlists) e Zillow (busca de imóveis).
Instant Checkout: recurso que permite comprar produtos direto pelo chat.
Modo de estudo: personaliza respostas e prompts para alunos.
Sora 2: aplicativo com feed de vídeos curtos gerados por IA, rivalizando com Meta e TikTok.
E não para por aí: a empresa também aposta na integração com grandes plataformas e no lançamento de novos dispositivos, incluindo um desenvolvido em parceria com o ex-designer da Apple, Jony Ive.
O Google se tornou uma corporação muito ampla que inevitavelmente tem presença em tudo o que vemos na internet. A OpenAI visa uma presença muito maior.
Thomas Thiele, especialista em IA do grupo de consultoria de gestão Arthur D. Little, em entrevista à CNN.
Como será o futuro?
A única forma de a OpenAI acompanhar gigantes como Meta, Microsoft e Google, estabelecidas há anos no mercado, é realizar uma expansão agressiva. E isso vai exigir cada vez mais dinheiro.
O ChatGPT é ótimo agora, mas não é um ChatGPT versus o Copilot. É o ChatGPT versus o pacote da Microsoft.
Daniel Keum, professor associado da Columbia Business School, à CNN.
Fica claro que a disputa entre essas gigantes ainda é muito desigual, e não está certo se a estratégia de transformar o ChatGPT em uma plataforma abrangente é o melhor caminho para a empresa. Mas para Sam Altman, valerá a pena.
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