Cabos submarinos estão sendo usados para detectar embarcações

Os cabos submarinos são responsáveis ​​pela transferência de 99% de todos os dados digitais, sendo fundamentais para manter o mundo conectado. Atualmente, há cerca de 1,4 milhão de quilômetros destas estruturas no fundo do mar, abrangendo todos os oceanos do planeta.

No entanto, estes dispositivos também podem ser utilizados com outros propósitos. Autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia, por exemplo, transformaram os equipamentos em armas contra submarinos.

Iniciativa já está sendo adotada por governos de vários países (Imagem: Vismar UK/Shutterstock)

Tecnologia também pode detectar sinais de desastres naturais

Segundo informações do portal Interesting Engineering, a tecnologia em desenvolvimento que permite essa transformação é chamada de Distributed Acoustic Sensing (DAS). Ela permite que os cabos submarinos sejam adaptados para atuar como matrizes de sonar gigantes e passivas capazes de detectar, classificar e rastrear submarinos, embarcações de superfície e outras atividades em rotas marítimas.

O sistema funciona usando os cabos de fibra óptica padrão como longas cadeias de sensores acústicos. Quando um laser pulsado é enviado através do cabo, pequenos sinais retroespalhados variam de acordo com as vibrações ou estresse causado por ondas sonoras próximas.

Sistema facilitaria o trabalho de detecção de submarinos (Imagem: Shutterstock AI Generator/Shutterstock)

Ao analisar esses padrões, algoritmos avançados podem detectar e localizar sons, como o de motores submarinos e hélices de navios. Além do uso militar, a tecnologia pode detectar sinais de desastres naturais, como terremotos.

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Tecnologia também pode ser usada para detectar sinais de terremotos, por exemplo (Imagem: menur/Shutterstock)

Aumento da capacidade de detecção nos oceanos

Os Estados Unidos, o Reino Unido, a União Europeia e a Austrália já lançaram programas para integrar o DAS aos seus sistemas.

A Casa Branca foi além e está testando a integração do sistema com aeronaves e drones de patrulha.

A ideia é que a tecnologia ajude a aprimorar as capacidades de detecção em todo o Oceano Pacífico.

Um dos principais objetivos é que o sistema ajude a combater ações da Rússia e da China.

Os dois países são acusados de danificar cabos submarinos, além de ações de espionagem.

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