Descoberto em 1852, o asteroide Psyche é um objeto espacial super brilhante localizado no cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter. Estima-se que sua alta refletividade esteja ligada à grande presença de metais como ferro e níquel, tornando-o raro. Em comparação, a maioria dos asteroides são feitos de rochas e gelo. Por serem incomuns, os metais do asteroide já foram avaliados em mais de R$ 545 quatrilhões.
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Uma das hipóteses para a camada de metais rara do objeto é o ferrovulcanismo – fenômeno em que, ao invés de jorrar lava do vulcão, é expelido metal derretido, como ferro líquido.
Para testar a possibilidade, dois pesquisadores da Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda, fizeram simulações. O estudo foi publicado na revista científica Journal of Geophysical Research: Planets no final de julho.
Ao todo, foram criados três cenários considerando composições químicas distintas de três tipos de meteoritos: condritos EH (meteoritos rochosos raros e sem ferro), condritos H (meteoritos rochosos comuns e com quantidades moderadas de ferro) e mesosideritos (meteoritos raros e ricos em ferro).
Segundo as projeções, a possibilidade da massa do Psyche ser cheia de ferro é alta, assim a composição química do asteroide tem maior probabilidade de ser feita de mesosideritos ou condritos H – esse cenário é mais capaz de gerar o ferrovulcanismo. Se fosse composto de condritos EH, a chance do fenômeno ter acontecido era quase nula.
Os pesquisadores ressaltam que a missão Psyche, lançada pela Nasa em 2023, poderá confirmar ou não as hipóteses encontradas no estudo. A previsão é que a sonda chegue ao local de destino em 2029 e passe dois anos fotografando e coletando dados do objeto espacial.
“Tanto a confirmação quanto a rejeição da hipótese de ferrovulcanismo por observações futuras da missão Psyche da Nasa podem fornecer novas restrições importantes para os cenários de origem e evolução do asteroide”, escrevem os autores no artigo.
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