De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, 46 casos de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas já foram confirmados em todo o Brasil. Destes, oito resultaram em mortes, sendo seis em São Paulo e duas em Pernambuco.
Este cenário faz com que as autoridades brasileiras busquem alternativas para evitar futuras crises do tipo. Uma opção é um canudo descartável capaz de detectar a presença da substância em bebidas destiladas.
Canudo é barato e eficaz na identificação de adulterações
O produto foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Os protótipos estão testados na Fundação Parque Tecnológico de Campina Grande e o projeto está em fase de depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Pelo menos duas grandes empresas já teriam entrado em contato com a equipe demonstrando interesse na fabricação em larga escala do canudo biodegradável. A ideia é que eles seja vendido por um valor estimado de apenas R$ 2.
Como a demanda será gigante, a universidade está discutindo se repassa a tecnologia para uma empresa interessada ou se ela mesma assume a produção e comercialização, com apoio do governo, já que a cadeia produtiva desse setor é ampla e complexa. Mas a gente espera que em poucos meses o canudo esteja acessível.
Félix Brito, professor e pesquisador da UEPB, ao UOL
Os pesquisadores explicam que o canudo possuem um capilar, por onde a bebida sobe e entra em contato com uma coluna de reação colorimétrica. Se a amostra estiver contaminada por metanol, apresentará uma cor específica. O Ministério da Saúde informou que está analisando o uso desta tecnologia para detecção rápida de bebidas contaminadas. As informações são do UOL.
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Sistema que usa IA para analisar odores também é opção
Outra alternativa está sendo desenvolvida por pesquisadores do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Trata-se de um nariz eletrônico que consegue identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas.
Basta uma única gota da bebida para o equipamento reconhecer odores estranhos.
Esse processo acontece a partir de um sistema de inteligência artificial que aprende a reconhecer a assinatura do cheiro de cada amostra.
O resultado sai em até 60 segundos e a margem de segurança da análise é de 98%, segundo a equipe.
Por enquanto, o dispositivo só foi testado em laboratório.
As informações são da Agência Brasil.
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