A ideia de que o contato com ambientes naturais promove bem-estar vem de estudos em ecopsicologia. Desde a década de mil novecentos e oitenta, pesquisadores no Japão investigam os efeitos do “shinrin-yoku” ou banho de floresta, técnica que envolve passar tempo em áreas verdes para reduzir estresse e fadiga.
Além disso, universidades como a de Harvard comprovaram que a exposição à natureza diminui níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse, contribuindo para menor exaustão física e mental.
Quais benefícios físicos o contato com a natureza oferece?
Além de reduzir o estresse, a interação com ambientes naturais melhora a circulação, fortalece o sistema imunológico e ajuda na regulação da pressão arterial.
Praticar atividades ao ar livre, como caminhar em trilhas, observar árvores ou mesmo cuidar de hortas, aumenta a oxigenação cerebral, promovendo sensação de revitalização e maior disposição. Estudos indicam ainda que caminhadas em parques urbanos reduzem a frequência cardíaca e relaxam a musculatura, acelerando a recuperação da fadiga.
Plantação de camomila – Fonte: flickr
Como a natureza influencia a saúde mental?
O contato com a natureza estimula a liberação de serotonina e dopamina, neurotransmissores que regulam humor e energia. Isso resulta em maior clareza mental, foco e criatividade.
Além disso, ambientes verdes contribuem para diminuir sintomas de ansiedade e depressão. Parques em grandes cidades, como Curitiba, oferecem refúgios para quem enfrenta rotina intensa, permitindo pausas restauradoras que reduzem a sensação de exaustão acumulada.
Quais hábitos ajudam a integrar a natureza no dia a dia?
Para potencializar os efeitos do contato com a natureza, especialistas sugerem:
Caminhar em parques ou praças ao menos trinta minutos por dia.
Cultivar plantas em casa ou no trabalho para criar microambientes verdes.
Praticar atividades físicas ao ar livre, como corrida, yoga ou alongamentos.
Observar a fauna e flora local, promovendo conexão com o ambiente.
Desconectar-se temporariamente de telas e redes sociais durante a imersão.
Esses hábitos simples ajudam a reduzir a exaustão e promovem equilíbrio entre corpo e mente.
Quais mitos cercam o contato com a natureza?
Um equívoco comum é acreditar que apenas longas viagens ou áreas remotas proporcionam benefícios. Na realidade, mesmo pequenas doses de natureza, como hortas urbanas ou jardins de apartamentos, já produzem efeitos positivos.
Outro mito é pensar que atividades ao ar livre substituem tratamentos médicos. Pelo contrário, o contato com a natureza funciona como complemento, potencializando resultados de terapias e práticas de autocuidado.
Qual é o impacto para novas gerações?
Crianças e adolescentes que passam tempo em contato com a natureza desenvolvem melhor atenção, empatia e resiliência. Escolas em cidades como São Paulo implementaram hortas e trilhas educativas, comprovando que a exposição a ambientes naturais reduz irritabilidade e aumenta motivação.
Essa prática também forma hábitos saudáveis que se mantêm na vida adulta, prevenindo exaustão crônica e promovendo maior qualidade de vida ao longo dos anos.
O que podemos aprender com o contato com a natureza?
Incorporar a natureza à rotina diária vai além de lazer: é estratégia de saúde mental e física. Reduz sintomas de exaustão, melhora disposição e promove bem-estar sustentável.
Com pequenas mudanças, como caminhar em parques, cultivar plantas ou observar o ambiente ao redor, é possível integrar benefícios restauradores à vida cotidiana. Afinal, o equilíbrio entre corpo, mente e natureza é essencial para enfrentar desafios diários com energia e clareza.