A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença ocular que causa a perda progressiva da visão central. Ela afeta a mácula, parte central da retina, dificultando a leitura, escrita e reconhecimento de rostos, por exemplo.
Considerada a causa mais comum de perda de visão em idosos, a condição afeta quase 200 milhões de pessoas no mundo todo, sendo cerca de três milhões aqui no Brasil. Mas uma nova tecnologia pode mudar a vida destes pacientes.
Como funciona a tecnologia
Pesquisadores desenvolveram um implante ocular ligado a um conjunto de óculos inteligentes.
O dispositivo de 2 por 2 milímetros é feito de minúsculos painéis solares fotovoltaicos e implantado cirurgicamente sob a retina.
Ele recebe as imagens do mundo real a partir dos óculos inteligentes, equipados com câmeras que usam luz infravermelha.
O dispositivo foi apresentado em estudo publicado no The New England Journal of Medicine.
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Taxa de sucesso na melhora da visão foi de 80%
O estudo analisou 38 pacientes que receberam o implante de retina, 32 dos quais permaneceram no ensaio clínico por um ano inteiro. Após este período, 26 deles começaram a enxergar melhor, uma taxa de sucesso de 80%.
Apesar dos resultados, os pesquisadores destacam que o dispositivo apresenta algumas limitações. Ele permite apenas uma visão embaçada do mundo e em preto e branco, o que de qualquer forma é muito melhor do que a cegueira total.
A tecnologia vem da empresa de interface cérebro-computador Science Corporation, cujo fundador e CEO, Max Hodak, cofundou a Neuralink, em 2016, com Elon Musk. A companhia também adquiriu a tecnologia de implante de retina da francesa Pixium Vision, em 2024.
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