A General Motors (GM) anunciou uma reestruturação significativa em sua divisão de veículos elétricos (EVs), com o corte de mais de 3.300 postos de trabalho em fábricas de Michigan, Ohio e Tennessee, conforme revelado pelo Detroit News.
A medida reflete a desaceleração da demanda por elétricos após o fim de subsídios federais e mudanças nas regras de emissões nos Estados Unidos.
Em comunicado, a empresa afirmou que está “realinhando sua capacidade de produção de veículos elétricos” diante da “adoção mais lenta no curto prazo e de um ambiente regulatório em constante evolução”.
Produção suspensa e reabertura em 2026
Parte das demissões afetará trabalhadores das fábricas de baterias operadas em parceria com a LG Energy Solutions, que terão as atividades suspensas a partir de 5 de janeiro.
A produção deve ser retomada em meados de 2026, quando a GM planeja lançar uma nova geração de modelos elétricos com custos mais baixos.
Em Detroit, cerca de 1.200 funcionários da unidade exclusiva de veículos elétricos serão colocados em licença por tempo indeterminado.
A planta, que opera em dois turnos, será reduzida a apenas um a partir do próximo ano.
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Custos bilionários e foco ajustado
A reestruturação resultou em uma despesa extraordinária de US$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre, incluindo perdas com ferramentas e instalações que haviam sido preparadas para veículos elétricos. A GM também encerrará a produção das vans elétricas BrightDrop no Canadá.
Apesar das reduções, a CEO Mary Barra afirmou que os veículos elétricos continuam sendo a “estrela guia” da empresa, mas com uma estratégia mais cautelosa até que o mercado e os incentivos voltem a ganhar tração.
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