Uma nova imagem de satélite mostra o momento em que o furacão Melissa avança pelo Caribe, próximo a Cuba, Haiti e República Dominicana. O registro, feito no domingo (26/10) pela missão Copernicus Sentinel-3, foi divulgado pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
A imagem mostra a “temperatura de brilho” das nuvens do topo do furacão, revelando características que fizeram dele a maior tempestade de 2025 e uma das maiores já registradas no Oceano Atlântico.
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Melissa passou de uma tempestade tropical, com ventos de 110 km/h na manhã de sábado (25/10), para um furacão de categoria 4 com ventos de 225 km/h em apenas 24 horas. Desde então, ele se intensificou ainda mais, atingindo a categoria 5, a maior na escala Saffir-Simpson.
Após devastar a Jamaica, o furacão atingiu Cuba na madrugada desta quarta-feira (29/10), mas perdeu força e atingiu a ilha como tempestade de categoria 3.
Nuvens de -75°C
A nova imagem de satélite mostra nuvens no topo da tempestade, muito acima do oceano, com temperatura de -75°C perto do olho do furacão a cerca de -25°C nas bordas — muito abaixo da temperatura da água do oceano, de 25°C.
Imagem de satélite do furacão Melissa imagem, capturada pela missão Copernicus Sentinel-3 em 26 de outubro
Imagens de satélite ajudam cientistas com informações sobre a extensão de uma tempestade, a velocidade e a trajetória do vento, e sobre características importantes como a espessura das nuvens, temperatura e conteúdo de água e gelo.
O Radiômetro de Temperatura da Superfície do Mar e da Terra do Sentinel-3 mede também a energia irradiada da superfície da Terra em nove bandas espectrais.
Destruição na Jamaica
O furacão Melissa tocou o solo na Jamaica nessa terça como a “tempestade do século” e a pior da história do país. Com ventos de 295 km/h e pressão interna de 892 mb — a terceira maior já registrada — o Melissa chegou ao país pelo noroeste do território.
Três pessoas morreram no país por conta de tempestades prévias à chegada do furacão. Segundo a Cruz Vermelha, a passagem do Melissa na Jamaica tem um “impacto massivo” e afeta ao menos 1,5 milhão de pessoas —metade da população da ilha.
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