Um astrofísico italiano registrou uma imagem rara do momento em que o cometa Lemmon cruza o céu aparentemente entrelaçado ao rastro do brilho de uma estrela cadente. O fenômeno aconteceu na última sexta-feira (24/10), em Manciano, na Itália.
Embora pareçam unidos, o cometa e o meteoro estavam separados por milhões de quilômetros, mas o rastro de luz deixado pelo meteoro deu a Gianluca Masi uma bela imagem. O meteoro aparece em primeiro plano e o cometa ao fundo.
“Nesta fotografia, o brilho residual do meteoro parece se enrolar ao redor da cauda iônica do cometa — um verdadeiro milagre de perspectiva”, escreveu Masi, que é fundador do Projeto Telescópio Virtual e fotógrafo, após fazer a imagem.
Brilho no céu
Segundo a Nasa, embora os meteoros normalmente se movam a mais de 160 mil km/h, seus rastros podem permanecer no céu por vários minutos. Durante esse tempo, ventos soprando em diferentes altitudes podem esculpir esses rastros em formas sinuosas. No caso da Itália, o cometa Lemmon estava a cerca de 100 milhões de quilômetros de distância.
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Cometa Lemmon cruza o céu
O C/2025 A6 (Lemmon) é um dos três cometas que passam pelo Sistema Solar atualmente, juntamente com o Cometa R2 (SWAN) e o 3I/ATLAS, que tem atraído a atenção de cientistas e curiosos.
O Lemmon é o mais brilhante deles, com uma cauda azul produzida por gás ionizado vaporizado da superfície do cometa e levado pelo vento, o que facilitou sua visualização. Ele pôde ser avistado por telescópios simples e binóculos de observação de estrelas após o dia 21 de outubro, quando atingiu o ponto mais próximo da Terra.
Ao mesmo tempo, Masi notou um espiral dourado ao redor do cometa. Esses rastros de luz eram vestígios de reações químicas na atmosfera, desencadeadas pela passagem ultrarrápida do meteoro que caía na Terra.
“O fenômeno está associado à ionização do oxigênio molecular na atmosfera causada pelo evento meteórico, seguida de sua recombinação, que produz a emissão de luz naquele comprimento de onda”, explica o astrofísico.
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