EUA: macacos de laboratório fogem em acidente e preocupam autoridades

Um acidente de trânsito no Mississippi, na manhã de terça-feira (28/10), resultou na fuga de macacos usados em pesquisas de universidades dos Estados Unidos. As autoridades do estado emitiram um alerta para que a população não chegue perto dos animais.

De acordo com o Departamento do Xerife do Condado de Jasper, os macacos eram agressivos com humanos e poderiam ser portadores de doenças como herpes, Covid-19 e hepatite. Alguns deles foram sacrificados quando foram resgatados.

O grupo de macacos-rhesus (Macaca mulatta) era transportado em um caminhão quando o veículo capotou na rodovia interestadual 59, ao norte de Heidelberg, Mississippi. Um vídeo mostra os animais rastejando pela grama alta às margens da rodovia e caixas de madeira espalhadas pelo local, etiquetadas com o aviso “animais vivos”.

Embora as autoridades locais tenham alertado a população sobre os riscos do contato com os animais usados em estudos, a Universidade de Tulane declarou em comunicado que os macacos “não foram expostos a nenhum agente infeccioso”.

Os animais estavam alojados no Centro Nacional de Pesquisa Biomédica da Universidade de Tulane, em Nova Orleans. A instituição tem como prática fornecer primatas para organizações de pesquisa científica.

“Os primatas em questão pertencem a outra entidade e não são infecciosos. Estamos colaborando ativamente com as autoridades locais e enviaremos uma equipe de especialistas em cuidados com animais para prestar assistência, se necessário”, escreveu a Universidade de Tulane no X (antigo Twitter).

Depois da declaração da Universidade de Tulane, o Departamento do Xerife do Condado de Jasper esclareceu ter sido informado pelo motorista do caminhão de que os macacos eram perigosos.

“O motorista do caminhão informou às autoridades locais que os macacos eram perigosos e representavam uma ameaça para os humanos. Tomamos as medidas cabíveis após recebermos essa informação da pessoa que transportava os macacos. Ele [o motorista] também afirmou que era necessário usar EPI (equipamento de proteção individual) para lidar com os macacos”, escreveu o departamento em um comunicado publicado no Facebook.

Não há relatos de que os macacos tenham atacado alguma pessoa depois da fuga. Três animais continuam soltos. As autoridades seguem com as buscas.

Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!