A esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, é um quadro que atinge cerca de 30% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde. Relacionada principalmente à obesidade, diabetes, colesterol alto e consumo excessivo de álcool, o acúmulo no órgão pode causar cirrose e até desencadear câncer no fígado.
“Por não causar sintomas claros, muitos não buscam ajuda. É uma epidemia silenciosa que precisa ser enfrentada. Cerca de 25% dos pacientes com esteatose evoluem para hepatite por gordura e, depois, para fibrose ou cirrose. Também há risco de desenvolverem carcinoma hepatocelular, o câncer de fígado”, alerta Bianca Della Guardia, hepatologista e coordenadora clínica do Transplante de Fígado da Rede D’Or.
O que é gordura no fígado?
Popularmente chamada de gordura no fígado, a esteatose hepática acontece quando as células do órgão acumulam gordura em excesso.
Nos estágios iniciais, a condição costuma ser silenciosa e não apresenta sintomas evidentes.
À medida que progride, porém, podem surgir dores abdominais na parte superior direita do abdômen, cansaço, fraqueza, perda de apetite, aumento do fígado, inchaço na barriga, dor de cabeça frequente e dificuldade para perder peso.
As principais causas estão relacionadas à obesidade, ao diabetes, ao colesterol alto e ao consumo excessivo de álcool.
A doença é mais comum em mulheres sedentárias, já que o hormônio estrogênio favorece o acúmulo de gordura no fígado. Ainda assim, pessoas magras, que não bebem, e até crianças também podem desenvolver a condição.
Porém, a gordura no fígado não é tratada com medicamentos específicos e pode ser evitada com hábitos simples. A mudança de estilo de vida é essencial: dieta saudável, rica em alimentos anti-inflamatórios, e exercícios físicos regulares fazem parte da prevenção da doença.
“A atividade física melhora a sensibilidade à insulina e favorece a saúde hepática”, diz a nutróloga Renata Domingues de Nóbrega, que atende em São Paulo.
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A esteatose hepática, ou gordura no fígado, pode surgir em pessoas magras ou que se alimentam relativamente bem devido a outros fatores
Os especialistas afirmam que manter o peso dentro da faixa considerada ideal para o indivíduo é importante e, se ele estiver com sobrepeso, uma diminuição de 7% nos números da balança já traz benefícios significativos para a saúde.
A hidratação também é considerada um ponto chave na prevenção da gordura no fígado. Com a quantidade adequada de água, o órgão funciona melhor, assim como o restante do organismo. Por fim, é importante evitar o consumo de álcool, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da condição.
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