O que são as blue zones? Conheça os cinco destinos da longevidade

No início dos anos 2000, o jornalista estadunidense Dan Buettner começou a pesquisar alguns locais do mundo notáveis pela longevidade de seus habitantes. A pesquisa deu origem ao conceito de “zonas azuis”, cinco áreas geográficas do planeta que, apesar de estarem distantes umas das outras, supostamente possuem um número elevado de pessoas que alcança a marca dos 100 anos. Mais tarde, essa pesquisa foi contestada por diversos pesquisadores, mas alguns hábitos em comum dessas comunidades continuaram a ser reconhecidos pelos seus benefícios à saúde.

Quais são as “zonas azuis” do mundo?

As cinco regiões do mundo classificadas como blue zones incluem ambientes nos quais as pessoas: utilizam pouco transporte motorizado, fazendo a maior parte das suas atividades a pé; possuem tradições que mantêm um propósito de vida bem definido; têm hábitos de descanso e meditação; seguem alimentação regrada baseada em ingredientes frescos; e preservam um forte convívio em comunidade. São elas:

1. Região de Barbagia, na Sardenha (Itália)

Aritzo, uma das comunas nos montes da Barbagia, região conhecida pela longevidade de seus habitantesTiuliano/Wikimedia Commons

A região de Barbagia, na Sardenha, é um destino que reúne belas paisagens litorâneas e grandes formações rochosas, muito exploradas por trilheiros. O caminho mais conhecido é o que vai de Is Muralleddas a Texil, uma rota cercada de castanheiras, cerejeiras e azinheiras. Outro passeio conhecido leva até o Desfiladeiro de Gorroppu, um cânion com 400 metros de profundidade que envolve a Pischina Urtaddala, uma lagoa na qual fluem águas subterrâneas. Leia tudo sobre a Sardenha.

2. Ilha de Ikaria (Grécia)

Ikaria reúne litoral paradisíaco típico da GréciaDimitris Kiriakakis/Unsplash

A similaridade do nome de Ikaria com o personagem mitológico de Ícaro não é mera coincidência. Reza a lenda que teria sido ali mesmo, em uma de suas praias, que o filho de Dédalo teria alçado voo com suas asas de cera e sofrido uma queda, após se aproximar demais do sol. Mitos à parte, a ilhota também é lar para cadeias montanhosas à beira-mar e vilas de pescadores pra lá de charmosas. A capital Agios Kirykos tem bairros e casinhas antigas que rendem lindas fotos. O Museu Arqueológico do local revela a histórica ligação com o mar, exibindo itens encontrados no fundo do oceano. Já na vila de Karkinagri, o farol no Cabo Papas é outro ponto que vale uma visita. Leia tudo sobre a Grécia.

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3. Península Nicoya (Costa Rica)

Nicoya é famosa pelas belezas naturaisPanegyrics of Granovetter/Wikimedia Commons

A Península de Nicoya, no sul da Costa Rica, engloba algumas das praias mais conhecidas do país, como a Tamarindo e a Puntarenas. O local é conhecido pelo estilo de vida descontraído, as atividades ao ar livre e o contato com a natureza. Toda a região litorânea é muito frequentada por surfistas e praticantes de esportes aquáticos diversos. No interior do continente, áreas como o Refúgio de Vida Selvagem Ostional e a Reserva Natural de Cabo Blanco oferecem um mergulho na variedade da fauna e da flora local.

4. Província de Okinawa (Japão)

Okinawa tem maior proporção de supercentenários do que o próprio Japão, que já é famoso pela longevidadeXie Lipton/Unsplash

De todas as zonas azuis, a província japonesa de Okinawa certamente é uma das mais interessantes. O arquipélago de clima subtropical é o berço do karatê e tem séculos de história. Por estar separado do Japão continental e próximo a outros países asiáticos, o local desenvolveu características naturais e culturais diferentes das do resto do arquipélago nipônico. A ilha principal e capital da província, Naha, conta com atrações históricas como o Castelo de Shuri e as ruínas nos arredores de Tamagusuku, tombados pelo Patrimônio Mundial da Unesco. Já ao norte de Okinawa, a Ilha Iriomote é Patrimônio Natural Mundial da Unesco pelo habitat de espécies raras de flora e fauna. Leia tudo sobre o Japão.

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5. Loma Linda, na Califórnia (Estados Unidos)

Loma Linda tem menos atrativos do que as outras cidades da lista, mas chama atenção pelos hábitos que se diferenciam da média norte-americanaRami Ammoun/Wikimedia Commons

A cidade de Loma Linda é a menos atrativa de todas as zonas azuis. O local entrou para a lista graças à sua grande comunidade de adeptos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma comunidade que segue regras rigorosas de alimentação, exercício e descanso, o que garantiu uma longevidade acima da média norte-americana. O diferencial do local fica por conta dos seus mercados de agricultores e lojas de alimentos saudáveis, essenciais para a dieta à base de vegetais seguida pela população. Não é um local para se empanturrar nas redes de fast food, tão fáceis de encontrar em qualquer outro lugar dos Estados Unidos.

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