Nesta sexta-feira (31), é comemorado o Dia das Bruxas, data internacionalmente conhecida como Halloween, típica dos países anglo-saxônicos, em especial os EUA, Canadá, Irlanda e Reino Unido.
Uma imagem assustadora do Sol captada na última quarta-feira (28) pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO), da NASA, lembra muito uma abóbora tradicionalmente caracterizada para essa festividade, abrindo um sorriso aterrorizante. Obtido pelo Conjunto de Câmeras de Imagem Atmosférica (AIA) do SDO, o registro mostra regiões escuras e brilhantes que dão forma ao rosto, revelando detalhes impressionantes do Sol.
G1-G2 geomagnetic storming is likely during October 28th to the 30th due to the Sun-Earth high-speed-stream connection from jack-o-lantern coronal hole 🎃 pic.twitter.com/DRafVbo9m1
— Stefan Burns (@StefanBurnsGeo) October 28, 2025
Na verdade, o que parece um sorriso é um buraco coronal, uma região onde o campo magnético do astro se abre e permite que partículas carregadas do vento solar escapem para o espaço.
Buraco lançou partículas solares em direção à Terra
Quando foi fotografado, esse buraco estava enviando um fluxo em direção à Terra, que poderia atingir o planeta entre esta quarta (29) e quinta-feira (30), provocando tempestades geomagnéticas G1 (leves) a moderadas (G2) – em uma escala que vai até G5 (extremas). As previsões da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) se cumpriram, e belíssimas auroras foram vistas em diversas localidades do norte do globo como resultado.
Observando o Sol desde 2010, o SDO fornece imagens contínuas e detalhadas do astro que ajudam cientistas a entender como a energia magnética solar influencia o clima espacial e os efeitos que isso tem na Terra.
Um sorriso assustador surgiu no Sol quando regiões ativas brilhantes e buracos coronais escuros se combinaram, criando um rosto de abóbora de Halloween. A imagem foi obtida pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA em 28 de outubro. Crédito: NASA/SDO
Não é a primeira vez que o SDO flagra “rostos” no Sol. Em 2014, ele registrou outro sorriso assustador que também lembrava uma abóbora de Halloween. Já em 2022, o astro parecia sorrir de forma delicada, como se fosse a cena de abertura de um desenho animado infantil.
Essas imagens reforçam o quanto a atividade solar é complexa e dinâmica. Buracos, manchas e regiões brilhantes não apenas fascinam visualmente, como também têm efeitos reais sobre o clima espacial, mostrando que cada observação pode revelar aspectos inesperados do Sol.
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Halloween cósmico: confira imagens astronômicas assustadoras
Para celebrar o Halloween, além do “sorriso macabro do Sol, o Olhar Digital selecionou outras imagens astronômicas igualmente sinistras – e, ao mesmo tempo, maravilhosas. Confira abaixo:
Mão Fantasmagórica
Embora seja apelidada de “Mão de Deus”, a região vista nesta imagem de raio X parece assustadora demais para ser chamada assim. Lembra mais uma monstruosa mão zumbi prestes a agarrar uma presa no espaço.
Você consegue ver o formato de uma mão nesta imagem de raio-X? Crédito: NASA/JPL-Caltech/McGil
No entanto, trata-se, na verdade, de uma nebulosa de vento pulsar, produzida pelo denso remanescente de uma supernova. O que não deixa de ser fúnebre, afinal, supernova é um evento astronômico transitório que ocorre durante os últimos estágios evolutivos de uma estrela massiva ou quando uma anã branca inicia uma fusão nuclear descontrolada. Ou seja: significa a morte da estrela.
O grito da morte
O que dizer deste rosto horripilante que parece estar gritando enquanto sofre com uma morte miserável e ardente? Um cenário bem a cara do Halloween. Apesar de pavorosa, a cena, na verdade, não envolve nenhum crânio real. Trata-se de uma imagem de raios-X de um conjunto de galáxias conhecido como Aglomerado de Perseu, capturada pelo Observatório Chandra, da NASA.
O Aglomerado de Perseu visto em raios-X pelo Observatório Chandra, parecendo uma caveira gritando. Crédito: A. Fabian (IoA Cambridge) et al., NASA
Espíritos malignos em fuga
Esta captura feita pelo Observatório Nacional de Kitt Peak, que fica no estado norte-americano do Arizona, poderia ser uma cena de filme de terror, na qual espíritos malignos tentam fugir do calvário das trevas.
A nebulosa escura SH2-136 toma a forma de figuras fantasmagóricas nesta imagem captada pelo Observatório Nacional de Kitt Peak. Crédito: KPNO/NOIRLab/NSF/AURA/Adam Block
No entanto, o que ela realmente mostra é uma nuvem de gás e poeira interestelar chamada SH2-136, localizada a cerca de 1.200 anos-luz da Terra, na constelação de Cepheus.
Cabeça de bruxa
Uma bruxa verde está olhando para o espaço nesta imagem sinistra obtida pelo Explorador de Pesquisa em Infravermelho de Campo Amplo da NASA (WISE). O registro, na verdade, mostra a nebulosa IC 2118, que, em razão da aparência, recebeu o apelido de Cabeça de Bruxa.
A nebulosa Cabeça de Bruxa fica a muitas centenas de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Orion. Crédito: NASA/JPL-Caltech
O Olho de Sauron está observando você
Fomalhaut é a estrela mais brilhante da constelação de Peixe Austral. Localizada a cerca de 25 anos-luz da Terra, ela tem cerca de 440 milhões de anos, durante os quais acumulou um cinturão de poeira ao seu redor.
Imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble mostra o exoplaneta Fomalhaut b, orbitando sua estrela-mãe, Fomalhaut. Crédito: NASA, ESA e P. Kalas (Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA)
Nesta imagem, o sistema estelar Fomalhaut apresenta uma estranha semelhança com o temível Olho de Sauron da saga “O Senhor dos Anéis”. J. R. R. Tolkien descreveu o olho como sendo “bordado de fogo vigilante e intencionado, e a fenda negra de sua pupila se abriu em um poço, uma janela para nada”.
Caveira cinzenta
Há oito anos, um asteroide em formato de crânio humano fez uma passagem próxima da Terra. Durante sua aproximação máxima, a rocha espacial estava a cerca de 480 mil km do planeta, ou 1,3 vezes a distância média daqui até a Lua, o que não representava uma ameaça ao nosso planeta.
Por volta de três semanas antes de chegar a essa distância da Terra, o asteroide foi descoberto por astrônomos do observatório Pan-STARRS, localizado no Havaí, que lhe conferiram a designação oficial de “2015 TB145”.
Em 30 de outubro de 2015, o objeto de 400 m de largura foi fotografado pelo Observatório Arecibo, em Porto Rico, e, para surpresa de todos, ele parecia o rosto de uma caveira, ganhando o apelido de “Asteroide do Halloween”.
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