Os coolers de resfriamento no PC são equipamentos que servem para resfriar os componentes da máquina e garantir um bom desempenho de processadores, SSDs e placas de vídeo. Apesar de seu uso ser vantajoso, existem alguns mitos que são espalhados por fóruns, redes sociais, marketing dos próprios fabricantes e outros meios. 

Algumas coisas podem até fazer sentido se levarmos em consideração os equipamentos antigos, mas, no hardware moderno, elas não se aplicam. Por isso, é importante desvendá-los. 

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A seguir, o Olhar Digital separou uma lista com 6 mitos em relação ao sistema de resfriamento que precisam ser desconstruídos, até porque, insistir neles pode até fazer com que o seu PC esquente mais do que o normal. 

1. Quanto mais ventiladores o cooler tiver, melhor será a refrigeração

Essa afirmativa pode até fazer sentido, pois é normal que as pessoas pensem que ao acrescentar mais ventoinhas irá ocorrer uma maior circulação de ar pelos componentes do PC. 

Porém, isso na verdade pode acabar prejudicando o desempenho do resfriamento dependendo da quantidade de ventiladores colocados. 

Por exemplo, em um gabinete de tamanho normal para computador e que esteja recebendo ar pela parte frontal e saindo pela traseira ou superior, colocar mais ventoinhas, principalmente se forem mal posicionadas, pode atrapalhar o fluxo de ar e criar bolsas de ar quente. 

Caso isso aconteça e haja componentes localizados dentro dessas bolsas, vai gerar uma recirculação desse ar quente e as temperaturas de operação serão elevadas. Para adicionar ventoinhas, é necessário um bom planejamento e a análise de um profissional, a fim de verificar se não há risco de esse problema ocorrer.

2. Utilizar o sistema de pressão positiva é sempre a melhor opção

Uma pressão ligeiramente positiva é algo que os montadores de PCs costumam buscar, pois isso faz com que seja reduzido o acúmulo de poeira e criado um fluxo de ar adequado entre os componentes. A maioria dos gabinetes foram projetados para esse tipo de sistema.

Apesar disso, saiba que a frase “utilizar o sistema de pressão positiva é sempre a melhor opção” trata-se de um mito porque diz que essa sempre é a melhor opção. Acontece que existem alguns gabinetes que conseguem obter um desempenho muito melhor com configurações de pressão negativa, mesmo ocorrendo o acúmulo de poeira. 

Para você entender melhor, saiba que o sistema de pressão negativa é caracterizado por ter mais ventoinhas trabalhando como exaustoras do que como aspiradores. Dessa forma, é criado um ambiente no qual o ar é puxado de forma passiva de todas as áreas do gabinete, e não somente das entradas de ar das ventoinhas. 

Apesar de atrair mais poeira para dentro do equipamento, o sistema proporciona uma melhor dissipação de calor, já que expelir o ar quente é algo mais eficiente do que puxar o ar frio para dentro. 

Vale destacar que a decisão de qual sistema utilizar deve ser tomada com bastante cautela e após uma análise do tipo de gabinete e ambiente no qual você trabalha. Procure um especialista.

3. Quanto mais caro o gabinete, melhor é o fluxo de ar

Não necessariamente, pois até gabinetes que custaram caro podem ter problemas relacionados ao resfriamento. Isso se deve, em diversos casos, a um projeto inadequado, que faz uma obstrução na entrada, saída ou fluxo de ar dentro do equipamento. 

O alto preço muitas vezes pode estar relacionado a outros componentes e recursos, como funcionalidades RGB. Um indicativo de que um determinado gabinete possui um bom fluxo de ar é quando você nota que o item tem entradas e saídas de ar bem visíveis. 

4. Sistemas de resfriamento líquido são melhores do que a ar

A grande verdade é que as capacidades de refrigeração variam de forma significativa. Sim, a água possui uma eficiência térmica muito maior para resfriar componentes do PC, mas os coolers de ar de alta qualidade têm como vantagem a excelente dissipação de calor. 

Fato é que há diferentes níveis de eficiência nas duas categorias de cooler e muito vai depender do quanto você pode gastar. Se puder comprar equipamentos premium, saiba que geralmente os líquidos são mais eficazes.

Já se preferir adquirir um item mais barato, tenha em mente que coolers líquidos AIO de 120 mm, considerados pequenos, não funcionam bem para o resfriamento. Por outro lado, um cooler de ar de baixo custo consegue ter um desempenho superior. 

5. Não pode espalhar a pasta térmica de forma manual

Há quem ainda acredite que a pasta térmica só deve ser aplicada em pequenas quantidades, do tamanho de uma ervilha ou até mesmo no formato de “X” ou cruz. Além disso, em hipótese alguma pode fazer a aplicação manualmente no IHS, pois há a possibilidade da ação criar bolsas de ar. Isso é um mito!

Apesar da aplicação em pequenas quantidades ser algo eficaz em IHS pequenos, os IHS maiores da Intel ou, principalmente, os modelos Ryzen X3D, da AMD, podem ter um desempenho melhor se você garantir que a pasta térmica será espalhada em toda a superfície do componente. Nesse caso, a melhor forma de realizar essa ação é manualmente. 

6. Não precisa limpar os coolers com frequência

A frase acima também não é verdadeira. O acúmulo excessivo de poeira e sujeira nas ventoinhas é capaz de deixar o PC mais lento e até mesmo gerar um superaquecimento em alguns componentes. 

Sendo assim, o ideal é realizar uma limpeza a cada seis meses, pois isso vai evitar o acúmulo de poeira e, consequentemente, o superaquecimento. Caso não saiba realizar o procedimento, leve o seu computador a um estabelecimento especializado.

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