A gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, tem sido motivo de preocupação global devido ao seu impacto na saúde dos animais. O avanço da doença para outras espécies, caso de mamíferos, também pode indicar que ela está se adaptando para infectar humanos com maior facilidade.
Neste cenário, os resultados de um novo estudo são importantes para minimizar os riscos de contaminação. Segundo pesquisadores, o vírus pode sobreviver em alguns tipos de queijos por várias semanas.
Vírus é mais resistente do que se pensava
Uma equipe da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, analisou amostras de queijos produzidos a partir de leite cru. Esses produtos não passam pelo processo de pasteurização, aquecimento que mata qualquer tipo de microrganismo. Por outro lado, passam por um processo de envelhecimento de pelo menos 60 dias a uma temperatura de cerca 1,6°C.
Durante o experimento, os pesquisadores identificaram que o vírus H5N1 sobreviveu por até oito semanas no queijo. Isso indica que o processo de envelhecimento usual pode não ser suficiente para destruir os patógenos.
Para reduzir o risco de contaminação por gripe aviária, os cientistas sugerem aquecer o leite em temperaturas de subpasteurização antes de usá-lo, o que poderia reter as qualidades desejadas pela indústria de queijo de leite cru e efetivamente inativar o vírus. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Medicine.
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Gripe aviária pode afetar humanos?
Risco de infecção generalizada existe?
Estudos já confirmaram que o vírus responsável pela gripe aviária já pode ser transmitido entre mamíferos.
Isso significa que o patógeno está se adaptando e pode conseguir infectar humanos com maior facilidade.
Nos últimos meses, cientistas detectaram a gripe aviária em aves de Nova York, amostras de leite cru e em vacas leiteiras pela primeira vez na história.
A doença também já causou a morte de diversos animais que não costumavam ser infectados.
É o caso do urso polar, gatos e até pinguins da Antártica.
Recentemente, a gripe aviária também foi detectada em um porco pela primeira vez.
Segundo especialistas, isso comprova que o vírus está se espalhando até em áreas remotas do planeta.
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