Nova vulnerabilidade pode travar navegadores em segundos

Uma vulnerabilidade crítica descoberta no mecanismo de renderização Blink, usado pelo Chromium, está deixando diversos navegadores populares vulneráveis a travamentos em questão de segundos.

O pesquisador de segurança Jose Pino, responsável pela descoberta, batizou a falha de “Brash”, destacando seu potencial de causar colapsos rápidos em navegadores como Chrome, Edge, Brave, Opera e Vivaldi.

“Ela permite que qualquer navegador baseado no Chromium trave em 15 a 60 segundos, explorando uma falha arquitetônica na forma como certas operações do DOM são gerenciadas”, explicou Pino em sua análise técnica.

Falha estrutural no mecanismo Blink pode transformar uma simples página web em uma arma digital de alto impacto (Imagem: Song_about_summer/Shutterstock)

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Como o ataque funciona

Segundo o pesquisador, o Brash explora a ausência de limitação de taxa nas atualizações da API document.title.

Isso permite que uma página envie milhões de mutações do DOM por segundo, sobrecarregando a CPU e levando o navegador a travar.

O ataque ocorre em três fases: geração de dados em memória, injeção massiva de atualizações e saturação da thread principal da interface, que deixa de responder e precisa ser encerrada à força.

Um aspecto especialmente perigoso é a capacidade de o ataque ser programado para ocorrer em horários específicos, agindo como uma “bomba lógica” digital. “Essa capacidade de sincronização transforma o Brash em uma arma de precisão temporal”, alertou Pino.

Falha pode derrubar o Chrome e outros navegadores com um simples clique – Imagem: 2lttgamingroom/Shutterstock.

Navegadores afetados e impacto

A falha afeta todos os navegadores baseados no Chromium, incluindo Google Chrome, Microsoft Edge, Brave, Opera, Vivaldi, Arc Browser, Dia Browser, além de versões web de assistentes como ChatGPT Atlas e Perplexity Comet.

Já o Mozilla Firefox e o Apple Safari estão protegidos, pois utilizam mecanismos diferentes.

O Google ainda não se pronunciou oficialmente sobre a vulnerabilidade ou sobre possíveis atualizações de segurança. O site The Hacker News, que divulgou o estudo, informou que aguarda um retorno da empresa sobre as medidas corretivas em andamento.

: Chrome, Edge, Opera e Brave estão vulneráveis a falha que pode ser usada como “bomba lógica” digital, segundo especialista – Imagem: Ascannio/Shutterstock

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