A Tesla transformou um texto repleto de generalidades em peça-chave de sua campanha para aprovar o maior pacote de remuneração da história corporativa.
O chamado Plano Diretor 4, publicado há mais de dois meses, promete disseminar a “abundância sustentável” por meio de futuros produtos, mas carece de informações concretas.
Mesmo assim, ele vem sendo usado para convencer os acionistas a aprovar o pagamento de até US$ 1 trilhão ao CEO Elon Musk, na assembleia anual desta quinta-feira (06), como informado pelo TechCrunch.
Documento sem detalhes vira peça central
O plano, descrito por Musk como “conciso e épico”, contrasta com versões anteriores — que traziam metas específicas para veículos, energia e inteligência artificial.
Desta vez, o documento não apresenta cronogramas, metas mensuráveis nem novos projetos definidos.
Ainda assim, o texto foi amplamente citado em materiais oficiais, cartas aos acionistas e entrevistas de executivos, como a presidente do conselho, Robyn Denholm, e o designer-chefe, Franz von Holzhausen.
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Enquanto críticos acusam a Tesla de usar o plano como cortina de fumaça, Musk afirma que seu foco é manter o controle da empresa e liderar a criação de um “exército de robôs”. Ele chegou a ameaçar deixar a Tesla caso a votação fracasse.
Apesar das cobranças por mais transparência, o Plano Diretor 4 segue inalterado — e sua imprecisão não impediu que se tornasse símbolo da aposta da Tesla em um futuro ambicioso, mas ainda indefinido.
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