Caminhar pode atrasar o Alzheimer em até sete anos, indica estudo

Um novo estudo da Nature Medicine sugere que caminhar mais pode ajudar a retardar o declínio cognitivo em pessoas com alto risco de desenvolver Alzheimer.

Segundo os pesquisadores do Mass General Brigham e da Universidade de Harvard, adultos em estágio inicial ou pré-sintomático da doença que caminhavam entre 3.000 e 5.000 passos por dia apresentaram um atraso de cerca de três anos na perda cognitiva.

Pesquisa de Harvard mostra que a atividade física diária pode atrasar os sinais do Alzheimer e preservar a memória por mais tempo – Imagem: Inside Creative House/Shutterstock

Já aqueles que davam entre 5.000 e 7.000 passos tiveram um atraso médio de sete anos.

“Mesmo uma atividade moderada pode ajudar a desacelerar esse processo”, afirmou a neurologista Wai-Ying Wendy Yau, autora principal do estudo.

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Caminhada regular tem efeito protetor sobre o cérebro de pessoas com risco de Alzheimer – Imagem: Antonio Marca/Shutterstock

Atividade física protege o cérebro

Os cientistas acompanharam cerca de 300 adultos entre 50 e 90 anos por quase uma década.

Exames de imagem mostraram que quem caminhava mais acumulava mais lentamente as proteínas beta-amiloide e tau — associadas ao avanço da doença.

Embora o estudo mostre apenas uma associação, não uma relação direta de causa e efeito, os resultados reforçam o impacto da atividade física na saúde do cérebro.

“Cada passo que você dá na direção certa contribui para a saúde do cérebro”, disse Yau.

Mais movimento, mais benefícios

Segundo especialistas, ainda há dúvidas sobre quais tipos de exercício são mais eficazes, mas o consenso é claro: mover-se faz bem. “Aumentar o tempo de caminhada e a atividade física só traz resultados positivos”, afirmou John Thyfault, da Universidade do Kansas.

Andar mais pode reduzir o acúmulo de proteínas associadas ao Alzheimer e postergar o declínio cognitivo – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

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