Na hora de escolher uma casa para morar, todo mundo prefere locais com boas condições e tranquilidade. Não foi o caso dos crocodilos-americanos (Crocodylus acutus). Rara, a espécie nativa da Flórida (EUA) escolheu viver na “paz” da usina nuclear de Turkey Point, local responsável pela geração de energia para cerca de um milhão de pessoas no estado norte-americano.
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Mesmo não parecendo, a água presente nos extensos canais não é radioativa. Isso acontece porque os animais ficam no espaço criado para o processo de resfriamento da usina, e a água não se mistura com materiais radioativos. A usina também oferece alimento e espaços para a criação de ninhos, além de não ter atividade humana.
De acordo com informações do canal no YouTube PBS Terra, a ocupação dos répteis não é de hoje. Cerca de 10 anos depois da construção da usina, em 1960, cientistas identificaram ninhos de crocodilos nos locais de resfriamento.
Imagem mostra crocodilo nadando solitário na usina nuclear de Turkey Point
Atualmente, há poucos exemplares dos animais no sul da Flórida, restando apenas algumas centenas. Antes da década de 1970, esse número já foi de 3 mil indivíduos. As condições da usina a tornam um ótimo local para a manutenção dos répteis e uma espécie de santuário inesperado.
“A intenção quando construímos a usina de energia e o sistema de canais não era criar um habitat para espécies ameaçadas de extinção. Depois de criarmos e percebemos que tínhamos um ninho de crocodilos, começamos a aprender mais sobre os animais que tínhamos aqui no local”, destaca a diretora da empresa de energia elétrica Florida Power & Light Company (FPL), Jodie Gless Eldridge, em entrevista a PBS.
Para proteger os crocodilos ameaçados, pesquisadores visitam permanentemente a área, observando os adultos e cuidando dos filhotes presentes em Turkey Point.
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