Claude ensina cachorro robô a agir sozinho em novo experimento da Anthropic

A Anthropic, empresa fundada por ex-funcionários da OpenAI, realizou um experimento curioso e revelador: deixar que sua inteligência artificial, Claude, programasse um cachorro robô. A iniciativa, chamada Project Fetch, buscou entender até onde modelos de linguagem podem ir ao interagir com o mundo físico — e os resultados mostram que essa fronteira está mais próxima do que se imaginava.

Claude ensina um cachorro robô a agir sozinho

O experimento envolveu o robô quadrúpede Unitree Go2, um modelo de US$ 16.900 usado em indústrias para inspeções e patrulhas. Duas equipes sem experiência prévia em robótica foram desafiadas a programá-lo para executar tarefas físicas. Uma delas contou com a ajuda de Claude, enquanto a outra trabalhou sem suporte de IA.

Os resultados chamaram a atenção. O grupo que utilizou Claude conseguiu completar algumas tarefas mais rapidamente, incluindo fazer o robô andar e localizar uma bola. A equipe sem IA, por outro lado, demonstrou mais confusão e frustração durante o processo. Segundo os pesquisadores da Anthropic, isso aconteceu porque Claude ajudou a criar uma interface mais intuitiva e eficiente para controlar o “cachorro” robótico.

A iniciativa, chamada Project Fetch, buscou entender até onde modelos de linguagem podem ir ao interagir com o mundo físico (Imagem: Anthropic)

O estudo também reforçou a capacidade crescente das IAs em gerar códigos e interagir com sistemas físicos, algo que antes estava restrito a ambientes puramente digitais. Claude, nesse caso, não apenas escreveu linhas de código — ele transformou comandos em movimento, aproximando a IA de um nível de autonomia real.

Robôs, riscos e o novo papel da IA

Para a Anthropic, esse avanço é promissor e preocupante ao mesmo tempo. A empresa acredita que os modelos de IA estão cada vez mais preparados para “alcançar o mundo físico”, o que pode trazer benefícios, mas também riscos de uso indevido.

Entre os principais pontos do estudo:

Claude foi capaz de automatizar parte da programação de um robô;

O uso de IA reduziu erros e acelerou tarefas;

Modelos como Claude podem se tornar “agentes físicos”, operando máquinas de forma autônoma;

A interação entre humanos e IA tende a mudar, com interfaces mais intuitivas e produtivas.

Especialistas, como o professor George Pappas da Universidade da Pensilvânia, alertam para possíveis falhas e riscos. Segundo ele, a capacidade de modelos como Claude de comandar robôs aumenta a chance de mau uso — o que exige sistemas de segurança que limitem ações perigosas.

A Claude demonstra que a linha entre o digital e o físico está se tornando cada vez mais tênue (Imagem: Anthropic)

Um novo passo para a IA

Embora o “cachorro robô” ainda dependa de supervisão humana, o experimento marca um ponto de virada. Pesquisadores acreditam que, ao combinar dados reais e feedback do mundo físico, a IA deixará de apenas imaginar o ambiente e começará a participar ativamente dele.

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Com o Project Fetch, Claude demonstra que a linha entre o digital e o físico está se tornando cada vez mais tênue — e que o futuro dos robôs pode estar mais próximo da inteligência humana do que nunca.

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