De acordo com uma notícia veiculada pela Reuters nesta quinta-feira (13), o Google vem sofrendo uma investigação antitruste da União Europeia (UE), ou seja, uma ação que visa combater práticas que estão sendo realizadas pela big tech e prejudicando a concorrência no mercado.
A investigação surge depois de editores afirmarem que a política de spam do Google prejudicou suas receitas. Caso as denúncias sejam comprovadas, a empresa norte-americana poderá ser multada severamente.
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Entenda a investigação
Em março de 2024, o Google deu início a uma repressão contra empresas que utilizam seu algoritmo de busca para conseguir ficar melhor posicionadas do que outros sites.
A big tech realiza uma prática chamada SEO parasita. Ela consiste na publicação de páginas de terceiros em um site com o objetivo de abusar dos rankings de busca, aproveitando-se dos sinais de classificação do site anfitrião.
De acordo com a Comissão Europeia, o Google está afetando a visibilidade de sites e conteúdos de veículos de notícias e outras editoras nos resultados de pesquisa do Google quando esses sites incluem conteúdo de parceiros comerciais.
Por meio de um comunicado, a chefe da autoridade antitruste da UE, Teresa Ribera, afirmou que a UE está preocupada “com o fato de as políticas do Google não permitirem que os editores de notícias sejam tratados de forma justa, razoável e não discriminatória em seus resultados de busca”.
“Vamos investigar para garantir que as editoras de notícias não estejam perdendo receitas importantes em um momento difícil para o setor e para garantir que o Google esteja em conformidade com a Lei dos Mercados Digitais (DMA)”, disse Ribera.
A investigação é conduzida pela DMA, que tem como objetivo conter o poder das big techs, que, caso estejam realmente realizando atos que violem as regras de mercado, deverão ser penalizadas com custos que podem atingir até 10% de suas vendas globais anuais.
Google diz que investigação é equivocada
Em uma postagem no blog, Pandu Nayak, cientista-chefe da Busca do Google, afirmou que a investigação da UE é equivocada e corre o risco de gerar prejuízos para os usuários europeus.
“A investigação não tem fundamento: um tribunal alemão já rejeitou uma queixa semelhante, decidindo que nossa política anti-spam era válida, razoável e aplicada de forma consistente”, disse Nayak.
O profissional ainda afirmou que a política anti-spam do Google auxilia na criação de condições equitativas, evitando que sites utilizem táticas enganosas para superar portais que competem conforme o mérito e o conteúdo próprios.
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