A corrida global pelos mega data centers da era da IA

Investidores e grandes empresas de tecnologia estão acelerando a construção de data centers gigantes ao redor do mundo. A meta é simples: gerar poder computacional suficiente para sustentar o rápido avanço da inteligência artificial.

Segundo o The Wall Street Journal, o movimento já transformou regiões nos Estados Unidos, Ásia e Europa, criando projetos bilionários e levantando debates sobre custos, consumo de energia e modelos de financiamento.

Data centers gigantes avançam pelo mundo para atender à crescente demanda por IA e movimentam investimentos bilionários das big techs. Imagem: tiero/iStock

A corrida global pelos supercentros de computação

De pequenas cidades no interior dos Estados Unidos aos arredores de Jacarta, gigantes da tecnologia impulsionam uma expansão sem precedentes. A aposta é clara: apenas estruturas de grande escala conseguirão acompanhar a velocidade com que a IA evolui.

Na Coreia do Sul, o ambicioso Projeto Concord tornou-se símbolo dessa nova fase. Com orçamento de US$ 35 bilhões (R$ 185,5 bilhões), o data center foi planejado para ser projetado, construído e operado por IA, com supervisão humana mínima – um exemplo de como a automação está avançando para novos patamares.

Microsoft avança com sua “superfábrica de IA” em Atlanta, enquanto a Amazon amplia sua infraestrutura com um novo hub de grande porte, reforçando a expansão global dos data centers. Imagens: PJ McDonnell/Shutterstock e bluestork/Shutterstock

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Do outro lado do mundo, a Microsoft está construindo uma “superfábrica de IA” em Atlanta, integrada a outras instalações existentes. A Amazon também inaugurou recentemente um hub de grande porte, enquanto Meta, Oracle e Anthropic seguem a mesma estratégia.

Europa acelera e Wall Street entra no jogo

A expansão não ficou restrita aos continentes americano e asiático. Na Europa, Microsoft e Google anunciaram investimentos superiores a US$ 16 bilhões (R$ 85 bilhões) para reforçar a infraestrutura de IA em Portugal e na Alemanha.

Com projetos cada vez maiores e mais complexos, o mercado financeiro tornou-se parte essencial dessa engrenagem. Empresas como OpenAI, Meta e xAI estão adotando modelos inovadores de financiamento, combinando capital privado, dívida e estruturas avançadas de investimento – um reflexo da escala inédita desses empreendimentos.

Expansão dos data centers ganha força com demanda explosiva por computação, projetos bilionários movidos por IA e investimentos globais que levantam alertas sobre custos e sustentabilidade. Imagem: Aerovista Luchtfotografie/Shutterstock

Os pontos centrais dessa expansão

Crescimento acelerado da demanda por poder computacional.

Projetos bilionários com participação direta de IA na operação.

Expansão simultânea em Estados Unidos, Coreia do Sul e Europa.

Novos modelos de financiamento envolvendo bancos e fundos privados.

Preocupação crescente com custos de energia e sustentabilidade.

Apesar do entusiasmo das big techs, a expansão maciça também levanta dúvidas. Banqueiros demonstram ceticismo quanto a acordos financeiros complexos, políticos criticam o alto consumo de energia, e investidores temem a formação de estruturas circulares de financiamento consideradas arriscadas.

Essas críticas indicam que, embora a corrida da IA tenha impulsionado um crescimento acelerado, persistem debates relevantes sobre sustentabilidade, transparência e viabilidade de longo prazo.

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