Investidores e grandes empresas de tecnologia estão acelerando a construção de data centers gigantes ao redor do mundo. A meta é simples: gerar poder computacional suficiente para sustentar o rápido avanço da inteligência artificial.
Segundo o The Wall Street Journal, o movimento já transformou regiões nos Estados Unidos, Ásia e Europa, criando projetos bilionários e levantando debates sobre custos, consumo de energia e modelos de financiamento.
A corrida global pelos supercentros de computação
De pequenas cidades no interior dos Estados Unidos aos arredores de Jacarta, gigantes da tecnologia impulsionam uma expansão sem precedentes. A aposta é clara: apenas estruturas de grande escala conseguirão acompanhar a velocidade com que a IA evolui.
Na Coreia do Sul, o ambicioso Projeto Concord tornou-se símbolo dessa nova fase. Com orçamento de US$ 35 bilhões (R$ 185,5 bilhões), o data center foi planejado para ser projetado, construído e operado por IA, com supervisão humana mínima – um exemplo de como a automação está avançando para novos patamares.
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Do outro lado do mundo, a Microsoft está construindo uma “superfábrica de IA” em Atlanta, integrada a outras instalações existentes. A Amazon também inaugurou recentemente um hub de grande porte, enquanto Meta, Oracle e Anthropic seguem a mesma estratégia.
Europa acelera e Wall Street entra no jogo
A expansão não ficou restrita aos continentes americano e asiático. Na Europa, Microsoft e Google anunciaram investimentos superiores a US$ 16 bilhões (R$ 85 bilhões) para reforçar a infraestrutura de IA em Portugal e na Alemanha.
Com projetos cada vez maiores e mais complexos, o mercado financeiro tornou-se parte essencial dessa engrenagem. Empresas como OpenAI, Meta e xAI estão adotando modelos inovadores de financiamento, combinando capital privado, dívida e estruturas avançadas de investimento – um reflexo da escala inédita desses empreendimentos.
Os pontos centrais dessa expansão
Crescimento acelerado da demanda por poder computacional.
Projetos bilionários com participação direta de IA na operação.
Expansão simultânea em Estados Unidos, Coreia do Sul e Europa.
Novos modelos de financiamento envolvendo bancos e fundos privados.
Preocupação crescente com custos de energia e sustentabilidade.
Apesar do entusiasmo das big techs, a expansão maciça também levanta dúvidas. Banqueiros demonstram ceticismo quanto a acordos financeiros complexos, políticos criticam o alto consumo de energia, e investidores temem a formação de estruturas circulares de financiamento consideradas arriscadas.
Essas críticas indicam que, embora a corrida da IA tenha impulsionado um crescimento acelerado, persistem debates relevantes sobre sustentabilidade, transparência e viabilidade de longo prazo.
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