De todos os fenômenos naturais, poucos encantam tanto quanto a aurora boreal. Em 2026, o céu do Ártico promete se acender em cores mais vibrantes do que nunca, oferecendo o melhor espetáculo da década para quem sonha em ver as luzes dançarem sobre Tromsø, na Noruega, ou sobre as paisagens geladas da Islândia.
Por que 2026 será especial
Tudo começa com o Sol. A estrela vive agora o chamado máximo solar, definido como a fase mais energética de um ciclo que se repete a cada 11 anos. Nesse período, são liberadas partículas carregadas em direção à Terra. Quando essas partículas atingem a atmosfera e colidem com gases como oxigênio e nitrogênio, o resultado é o espetáculo luminoso que conhecemos como aurora boreal.
Astrônomos preveem que o auge desse ciclo deve ocorrer até março de 2026, tornando o próximo inverno no Hemisfério Norte o momento ideal para presenciar o fenômeno em sua forma mais intensa e colorida. Depois disso, a atividade solar tende a diminuir, com as auroras se tornando mais raras até a metade da próxima década.
Em outras palavras, se você sempre quis ver o céu polar ganhar vida, agora é a hora perfeita para apreciá-lo em toda sua magnitude.
Melhor época
O período mais favorável para apreciar o fenômeno vai de setembro a março, quando as noites são longas e o céu permanece escuro por horas. Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro concentram as maiores chances, mas vale ficar atento aos equinócios (em setembro e março), quando as condições geomagnéticas costumam ser ainda mais favoráveis.
Ver a aurora boreal exige paciência, planejamento e uma pitada de sorte. Escolher destinos afastados das cidades, com pouca poluição luminosa, é essencial. Também vale acompanhar aplicativos e sites especializados que indicam a probabilidade de observação em tempo real, como o ótimo app My Aurora Forecast (disponível para Android e iOS).
Onde ver a aurora boreal em 2026
A aurora é uma das manifestações mais poéticas da física. As partículas solares viajam a milhões de quilômetros por hora até alcançar a atmosfera terrestre, onde se chocam com moléculas de gás. Cada elemento reage de forma diferente: o oxigênio produz luzes verdes e vermelhas, enquanto o nitrogênio gera brilhos azulados e arroxeados.
Vista daqui de baixo, essa reação se transforma em cortinas luminosas que se movem lentamente no horizonte, ora suaves, ora intensas.
Islândia
Poucos cenários combinam tanto com a magia da aurora boreal quanto as paisagens islandesas. No Parque Nacional Thingvellir, a apenas 50 km da capital Reykjavík, é possível observar o espetáculo sob um céu limpo e escuro. O parque, um dos mais visitados do país, abriga diversos mirantes perfeitos para assistir às luzes dançarem no horizonte.
Na colina Öskjuhlíð, o observatório do Museu Perlan oferece uma vista panorâmica que é perfeita para observar o céu colorido. A cerca de duas horas da capital, a montanha Kirkjufell também é palco frequente do fenômeno. Já na Lagoa Glacial de Jökulsárlón, as luzes refletem nos blocos de gelo que flutuam sobre a água, criando uma cena de outro mundo.
Na Lagoa Glacial de Jökulsárlón, o brilho da aurora encontra o azul do gelo em um espetáculo surrealJavierOlivares/Wikimedia Commons
Noruega
Entre montanhas cobertas de neve e fiordes congelados, cidades como Tromsø, Reine e Svalbard oferecem algumas das experiências mais completas de observação. Há excursões noturnas que levam os viajantes até as melhores áreas e hospedagens com tetos de vidro para assistir o fenômeno com conforto.
Em Svalbard, o sol praticamente não nasce no auge do inverno, o que significa que as chances de ver a aurora podem acontecer a qualquer hora do dia.
A cidade de Bodø, também tem altas chances de visibilidade da aurora. A montanha Rønvik, a 3 km do centro da cidade, tem um platô onde a observação pode ser feita.
Sob o frio intenso do Ártico, Tromsø oferece um show de cores que ilumina a escuridão do inverno.Tobias Bjørkli/Pexels
Finlândia
Na Finlândia, a aurora boreal pode ser observada em até 200 noites por ano. O melhor ponto de observação é a Lapônia finlandesa, onde famílias se reúnem para esquiar e admirar o céu iluminado.
A cidade de Rovaniemi – residência oficial do Papai Noel – é uma das mais procuradas, mas as luzes podem ser vistas de praticamente qualquer lugar da Lapônia, desde que o céu esteja escuro e limpo o suficiente.
O fácil acesso à vila de Ivalo faz com que ela também seja um dos pontos mais procurados para observar o fenômeno na região. A partir dali, em cerca de duas horas de carro, chega-se a Utsjoki, onde a aurora boreal ilumina o céu em quase todas as noites de inverno.
O Instituto Meteorológico da Finlândia tem um site para monitorar em tempo real a probabilidade do fenômeno acontecer de acordo com a região do país. Confira aqui.
Rovaniemi é o endereço certo para quem quer viver o inverno em grande estilo enquanto aprecia a aurora borealFatih Turan/Pexels
Suécia
O norte da Suécia é o melhor lugar do país para ver a dança das luzes. No vilarejo isolado de Abisko, as condições são excepcionais. Ali, um fenômeno conhecido como “buraco azul” mantém o céu limpo mesmo quando neva nas regiões vizinhas, garantindo altíssimas taxas de visibilidade, que são perfeitas para quem quer voltar com fotos inesquecíveis.
No vilarejo, um dos destinos mais lendários para os caçadores de aurora é o Parque Nacional de Abisko, onde é possível sair em busca das luzes em tours organizados ou por conta própria.
No topo da montanha Nuolja, a estação de observação oferece uma vista privilegiada do fenômeno, com as montanhas e o lago Torneträsk ao fundo, essa paisagem pode ser acessada por passeios de teleférico operados pela Aurora Sky Station.
No Parque Nacional de Abisko, o céu limpo e o silêncio das montanhas formam o cenário perfeito para a aurora borealDavid Becker/Unsplash
Canadá
Do outro lado do Atlântico, a natureza também dá seu show. Nos territórios de Yukon e Nunavut, no Canadá, o fenômeno pode ser visto em até 240 noites por ano.
Yellowknife também conta com a presença da aurora boreal durante boa parte do ano. Do Monumento Bush Pilots, no alto da colina The Rock, dá para ter uma vista 360º da baía, do Lago Great Slave e das luzes dançando no céu.
Já em Alberta, o Parque Nacional Jasper tem um céu limpo e visual impressionante, com telescópios perto do Lago Annette para quem quiser observar as estrelas de perto.
No extremo norte canadense, Yellowknife oferece noites longas e um céu que brilha em tons de verdeHyunKuk Kim/Unsplash
Você pode saber mais sobre esses e outros destinos nesta matéria.
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