O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, em 20 de novembro, é o momento ideal para celebrar a rica herança africana que moldou a identidade do Brasil. O Turismo de Raízes Africanas se destaca como uma jornada de descobertas e reconhecimento, levando a destinos com forte legado afro-brasileiro, que guardam histórias de resistência, fé, arte e sabores inesquecíveis. Pensando nisso, a DeÔnibus, principal marketplace de passagens rodoviárias online, selecionou alguns destinos que valorizam a história afro-brasileira:

1. Salvador (BA)

Salvador é o coração da cultura negra no Brasil. O Pelourinho, patrimônio cultural da humanidade, pulsa com a história da escravidão e da resistência, manifestada na arquitetura colorida, na música (axé, samba-reggae), na dança e na religiosidade do candomblé. A capital baiana é também palco de celebrações como o Dia da Baiana de Acarajé (25/11), uma homenagem à gastronomia e ao empreendedorismo negro. O Mercado Modelo e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos são paradas obrigatórias. Também vale uma visita ao Bloco Afro Malê Debalê e ao Terreiro Axé Abassá de Ogum. Sem esquecer do Parque Pedra de Xangô e a Sede Afoxé Filhos do Congo. Veja um guia completo de Salvador.

2. Palmares (PE)

A Serra da Barriga, entre os estados de Alagoas e Pernambuco, onde ficava o Quilombo dos Palmares, é um local de grande importância histórica, sendo considerado um santuário da liberdade e resistência negra no continente. É o lar de Zumbi, o grande líder quilombola. O destino convida a uma reflexão profunda sobre a luta pela liberdade e a formação do Brasil, com roteiros que abordam a memória do maior e mais duradouro quilombo das Américas. O Parque Memorial Quilombo dos Palmares possui um grande significado histórico, que busca resgatar e valorizar a cultura afro-brasileira. Os visitantes podem fazer caminhadas guiadas pelos pontos históricos da serra, visitar réplicas de ocas (habitações) e a Atalaia de Acaiene (torre de vigilância), e apreciar a vista do mirante.

3. Rio de Janeiro (RJ)

A região portuária do Rio de Janeiro, conhecida como Pequena África, foi o berço do samba e um importante centro de comércio de escravizados. O Cais do Valongo, a Pedra do Sal e o Largo da Prainha formam um circuito que resgata a memória da presença africana na cidade, sendo essenciais para entender a história urbana e cultural do país. Ainda existem diversos quilombos no Rio, tanto urbanos quanto rurais, que são focos de resistência cultural e histórica. Alguns exemplos notáveis incluem o Quilombo Sacopã, localizado em uma área nobre da Zona Sul e um dos mais antigos do estado, e o Quilombo do Camorim na Zona Oeste, conhecido por sua rica biodiversidade e luta pela preservação de seu território. Saiba mais sobre a Pequena África.

4. Ouro Preto (MG)

A cidade histórica, famosa por seu barroco e arquitetura colonial, guarda uma profunda herança negra que, por vezes, é ofuscada. No entanto, o legado do trabalho e da arte negra está presente em cada detalhe, desde as construções até as obras do Aleijadinho, filho de uma escravizada. Roteiros de afroturismo em Ouro Preto buscam resgatar a história da população negra que compunha a maior parte da sociedade na época do ciclo do ouro, evidenciando a contribuição africana na mineração, na metalurgia e na construção civil. Pontos como a Mina Du Veloso, que conta a história da mineração e do trabalho forçado, e exposições de arte africana no Museu da Inconfidência, são exemplos de como a cidade promove a ancestralidade e a cultura afro-brasileira. Veja um guia completo de Ouro Preto.

5. São Luís (MA)

A capital maranhense tem um centro histórico com forte influência africana, especialmente no Bumba Meu Boi e no Tambor de Crioula. A cidade, com seu casario colonial, é um cenário vibrante para a celebração das tradições de matriz africana. O bairro da Liberdade, considerado o maior quilombo urbano da América Latina, e locais como a Casa das Minas e a Casa do Tambor de Crioula são pontos de imersão que destacam o fervor da cultura negra local. Destaques incluem o “Roteiro Quilombo Cultural de São Luís” no quilombo da Liberdade, a culinária e o roteiros como o “Caminho Ancestral” e o “Griot City Walk”. Outras atividades incluem a imersão nas danças populares como o cacuriá e a visitação de locais de memória.