Vegetais crucíferos podem reduzir em 20% o risco de câncer. Quais são eles?

Vegetais crucíferos são tema de um novo estudo que reforça seu papel essencial na prevenção do câncer de intestino. De acordo com pesquisadores chineses, consumir pequenas porções diárias de alimentos como brócolis, couve, repolho e couve-flor pode reduzir em até 20% o risco de desenvolver a doença — um impacto considerado expressivo por especialistas em oncologia e nutrição. O achado ganha relevância diante do aumento de diagnósticos de câncer colorretal entre pessoas mais jovens e do peso global dessa enfermidade, hoje o terceiro tipo mais comum e o segundo que mais mata no mundo.

O que revela o novo estudo sobre vegetais crucíferos

A pesquisa, publicada na revista científica BMC Gastroenterology, reuniu dados de 17 estudos internacionais com mais de 639 mil participantes e quase 100 mil casos de câncer de intestino. A conclusão foi clara: quem consome mais vegetais crucíferos tem risco 20% menor de desenvolver câncer colorretal em comparação a pessoas que ingerem menores quantidades.

Quem consome mais vegetais crucíferos tem risco 20% menor de desenvolver câncer colorretal (Imagem: mi_viri/Shutterstock)

Os efeitos protetores começam a partir de 20 gramas por dia — o equivalente a algumas garfadas de brócolis ou couve. A proteção máxima, segundo os pesquisadores, ocorre entre 40 e 60 gramas diários. Esse efeito está relacionado aos glucosinolatos, compostos presentes nos vegetais que se transformam em substâncias bioativas com ação direta contra carcinógenos e células tumorais.

Entre os benefícios identificados estão:

neutralização de substâncias cancerígenas;

indução da morte de células tumorais;

redução de inflamação e estresse oxidativo;

apoio à recuperação muscular após exercícios.

Especialistas destacam que, por serem baratos e de fácil acesso, esses alimentos podem gerar impacto significativo em saúde pública se incluídos de forma regular na rotina alimentar.

Vegetais crucíferos podem gerar impacto significativo em saúde pública (Imagem: stockcreations/Shutterstock)

Benefícios adicionais e impacto para quem pratica exercícios

Além de ajudarem a prevenir câncer, os vegetais crucíferos mostram efeitos positivos para quem pratica atividade física. A literatura citada no estudo indica melhora na função vascular, regulação da glicemia e redução dos danos celulares causados pelo esforço muscular — fatores que favorecem desempenho e recuperação.

Nutricionistas também destacam propriedades antioxidantes, fortalecimento ósseo, melhora da imunidade e aceleração da reparação muscular. Para pessoas com sensibilidade intestinal, recomenda-se iniciar com pequenas porções, preferir preparos cozidos e usar temperos digestivos como gengibre ou cominho.

Como incluir vegetais crucíferos na rotina

Incorporar esses alimentos no dia a dia é simples e não exige receitas elaboradas. Eles podem ser preparados no vapor, salteados, adicionados a massas, sopas ou consumidos crus em saladas. Combinações com azeite, castanhas, ovos ou suco de limão podem intensificar a absorção de nutrientes e potencializar o efeito antioxidante.

Entre as formas práticas de consumo estão:

cozinhar levemente no vapor;

refogar couve ou repolho;

adicionar brócolis e couve-flor a massas ou saladas;

consumir crus em saladas ou pratos frios.

Vegetais crucíferos podem ser preparados no vapor, salteados, adicionados a massas, sopas ou consumidos crus (Crédito: Ulleo/Shutterstock)

Por fim, especialistas reforçam que o consumo de vegetais crucíferos deve complementar uma abordagem mais ampla de prevenção, que inclui prática regular de exercícios, alimentação equilibrada, manutenção do peso adequado e exames de rastreamento, como a colonoscopia a partir dos 45 anos. A soma desses hábitos, afirmam, é o que realmente reduz o risco de câncer de maneira mais consistente.

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