Brasil elimina transmissão vertical de HIV, da mãe para o bebê

O Ministério da Saúde anunciou, nessa segunda-feira (1º/12), que o Brasil eliminou a transmissão vertical do HIV, ou seja, da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.

O Brasil manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% em 2024, e a incidência da infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

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O país também registrou queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). Além disso, o início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%, reduzindo o risco de transmissão do vírus para o bebê nos meses seguintes.

A cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus atingiu a taxa de 95%. Os resultados estão alinhados com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O causador da aids ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

Arthur Menescal/Especial Metrópoles9 de 13

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

Joshua Coleman/Unsplash12 de 13

Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo

Keith Brofsky/Getty Images

Redução na taxa de mortalidade por HIV

O novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde também mostrou a queda de 13% no número de óbitos por aids entre 2023 e 2024, passando de pouco mais de 10 mil em 2023 para 9,1 mil em 2024.

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Os casos de aids tiveram redução de 1,5% no período, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil em 2024.

Com os novos números, o Brasil se aproxima das metas globais 95-95-95, que preveem que 95% das pessoas vivendo com HIV tenham acesso ao diagnóstico, 95% delas estejam em tratamento e 95% dos indivíduos tratados alcancem a supressão viral.

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