Elon Musk passou as últimas 24 horas impulsionando no X — rede social que controla desde 2022 — uma onda de mensagens anti-imigrantes e teorias conspiratórias já associadas à extrema-direita.
Entre as declarações destacadas e aprovadas por Musk estão alegações de que “os brancos estão à beira da extinção” e que imigrantes somalis “não têm o direito de estar na América”, além de afirmações de que organizações que apoiam refugiados cometem “traição”.
Amplificação de mensagens extremistas
O bilionário republicou conteúdos de diversas contas, muitas delas conhecidas por disseminar desinformação, respondendo com comentários como “verdade” e “simplesmente um fato”.
Parte das publicações referia-se à investigação federal sobre fraudes em programas de assistência social em Minnesota, estado que abriga uma importante comunidade somali-americana.
Musk também destacou casos isolados de crimes cometidos por imigrantes, dando a entender que representariam um padrão.
Entre as contas promovidas está a do britânico de extrema-direita Tommy Robinson, reintegrado ao X por Musk após ser banido por “conduta odiosa” em 2018. Outra publicação amplificada afirmava que “somalis não têm o direito de estar na América” e que não “se integram à sociedade”.
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Reforço a teorias da “grande substituição” e aproximação com Trump
Musk publicou ainda mensagens sobre “declínio” da população branca e voltou a sugerir que a imigração é parte de uma conspiração para favorecer o Partido Democrata — ideia central da teoria da “grande substituição”, rejeitada por especialistas e frequentemente usada em discursos extremistas.
As publicações também ressaltaram seu alinhamento com Donald Trump, que recentemente afirmou que imigrantes somalis “não contribuem com nada”.
Antes motivo de pressão de anunciantes, o posicionamento de Musk encontra hoje um cenário mais favorável após ações judiciais do próprio executivo e sinais de retaliação política que reduziram a disposição de grandes marcas de abandonar a plataforma.
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