Conforme noticiado pelo Olhar Digital, há uma pequena possibilidade de que o asteroide 2024 YR4 colida com a Lua em 2032. Devido ao tamanho da rocha, isso poderia resultar em um espetáculo verdadeiramente impressionante. Embora a chance de isso acontecer seja mínima, fragmentos de tamanho menores impactam a superfície lunar com frequência, causando flashes que podem ser vistos da Terra. O Olhar Espacial dessa sexta feita traz um debate sobre impactos lunares.
No mês passado, um observador japonês registrou dois desses flashes – chamados de TLP (sigla em inglês para Fenômeno Lunar Transiente) – em um breve intervalo de pouco mais de 48 horas. Até aquele momento, Daichi Fujii, que é curador do Museu da Cidade de Hiratsuka, já havia documentado mais de 60 impactos lunares desde 2011.
Chuva de meteoros Geminídeas promete flashes na Lua
De acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), dezembro traz o melhor momento para tentar observar TLPs: durante o período de máxima da chuva de meteoros Geminídeas (entre os dias 13 e 14). Por esse motivo, a organização está promovendo uma campanha de observação de impactos lunares.
A iniciativa conta com a participação de observatórios e astrônomos amadores de todo o país e tem como objetivo o registro desses eventos, que, embora sejam raros, podem nos ajudar a compreender a dinâmica dos pequenos corpos do Sistema Solar. E esse é o tema do Olhar Espacial desta sexta-feira (5).
Para falar sobre esse assunto fascinante, o programa recebe dois especialistas já conhecidos do público cativo: Lauriston Trindade e Marcelo Domingues.
Lauriston Trindade é um dos convidados do Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (5). Crédito: Arquivo pessoal
Técnico em operação concursado da Petrobrás, Trindade é codescobridor das primeiras chuvas de meteoros identificadas por brasileiros e membro da Bramon há mais de 10 anos. Também é integrante da Organização Internacional de Meteoros (IMO) e foi representante do Brasil na Conferência Internacional de Meteoros em 2017, na Sérvia, e em 2018, na Eslovênia.
Admirador da astronomia desde criancinha, Domingues é membro do Clube de Astronomia de Brasília e da Bramon. Ele tem um pequeno observatório em casa, em Sobradinho, cidade satélite de Brasília, equipado com dois telescópios e três câmeras de monitoramento de meteoros.
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Como assistir ao Programa Olhar Espacial
Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Bramon e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), LinkedIn e TikTok.
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